domingo, 31 de julho de 2016

Olhem para cima



Olhem para cima e vejam a lua.


Certa vez, estava havendo as Santas Missões em uma pequena cidade do interior. Todos os dias de madrugada o povo saía pelas ruas, rezando e cantando.
Coincidiu que naqueles dias as madrugadas eram escuras porque as nuvens cobriam a lua. Um dia, durante a procissão, a lua começou a brilhar forte, dando novas cores para as casas e as árvores.

Então o missionário disse, no alto-falante portátil: “Olhem para cima e vejam como a lua está bonita!” Quando a procissão chegou à igreja, um homem procurou o missionário e pediu para se confessar.

 Ele explicou o motivo:
 “Sr. padre, faz trinta anos que não me confesso. Mas o senhor disse uma coisa na procissão que me tocou. Pediu que olhássemos para cima”.

O padre nunca imaginava que aquelas suas palavras iam ser instrumento de Deus para a conversão daquele homem.

 Deus nos usa de mil maneiras, como seus missionários. Basta acolhermos o seu chamado, como fez Amós e tantos outros profetas.
Uma vida correta, dando o bom exemplo, é por si mesma um chamado aos
outros para a conversão.
Autor desconhecido

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Dize-me que passos tens



Dize-me que passos tens

O Evangelho de Lucas apresenta-nos Jesus num momento de reflexão e de perplexidade quanto ao seu futuro. Tem a sensação nítida de que há um círculo de hostilidade que se aperta à sua volta. Sente-se tentado a tomar outro caminho; mas, depois de uma longa reflexão na presença do Pai, decide prosseguir; o evangelista anota: “Jesus tomou resolutamente o caminho de Jerusalém” (Lc 9, 51). O seu passo corresponde exatamente ao seu estado de alma, manifesta a sua opção.
Ø  Não era um passo de triunfador que avança seguro de sua força, pois sabia que daquele confronto, sairia perdendo; mas amava os que estavam com ele e por eles oferecia-se à luta para que eles fossem poupados.
Ø  Não era passo de herói que sabe que vai ser aclamado pelos seus admiradores entusiasmados. Sabia que também os seus o abandonariam.
Ø Não era passo do resignado que nada faz para fugir ao seu destino, pois era ele quem, plenamente consciente, escolhia aquele “passo”.

O seu passo nascia de longas noites de oração, de uma dedicação apaixonada aos seus, àqueles que escolhera e guardara durante os tês anos; nascia da vontade precisa de levá-los à meta que sempre tinham procurado. Nunca andara em ponta de pés, como que às escondidas: eles deveriam saber que o Mestre não fora embora, mas que só tinha ido à sua frente. Quando alguém opta por dar um passo, o faz baseando-se nos ritmos do coração:
·   Há o passo do covarde: quer esconder as suas verdadeiras intenções, camuflar os seus medos;
·       Há o passo  do arrogante: não se preocupa com quem esmaga; o que lhe importa é dominar;
·   Há o passo do superficial: não segue uma direção determinada; muda conforme os impulsos do momento;
·   Há o passo do amigo: é discreto, não invade; tem um traçado direito e constante;
·   Há o passo do derrotado: parece não ter força para avançar; é incerto, cansado e sem objetivo;
·       Há o passo de quem é livre : é como uma dança alegre que repete o longo caminho percorrido para chegar à pátria...

Pudéssemos nós, nos diversos momentos de nossa existência, repetir o ritmo dos passos do Mestre, ao percorrer o trajeto de sua existência terrena!

Extraído do Livro:- “Tinha rosto e palavras de Homem um perfil de Jesus”.
Fernando Armellini e Giuseppe Moretti