segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Um novo amanhecer


Bom dia, 2010!
Recomeçar!... Eis a palavra que deve animar cada um dos dias deste Novo Ano. Recomeçar é dar novo começo, olhar com olhos novos, é dar um colorido especial, diferente às coisas e acontecimentos, é ter sonhos e esperança.
A esperança impulsiona nosso dinamismo para novos horizontes...
Sem esperança o nosso peregrinar no tempo se torna mais pesado, mais difícil. Somos andarilhos em marcha, seres que buscam; e toda a busca traz uma esperança.
“Não é difícil caminhar quando se avança com calma, levando um sonho na alma e nos lábios um cantar”.
Aquele que semeia espera a colheita; o atleta espera a vitória, o estudante espera a aprovação; aquele que viaja espera chegar ao destino; a gestante espera a nova vida que vai chegar; o trabalhador sonha e faz planos, aguardando o salário; o prisioneiro sonha com a liberdade; aquele que reza espera que sua prece seja atendida por Deus Pai.

Em todos estes gestos, alguma esperança se esconde. A esperança faz parte do ser humano. Podemos alimentar este sentimento dizendo a si mesmo, cada dia ao acordar: Bom dia, Esperança! Este dia será melhor do que ontem, que passou. Todos nós sonhamos com a felicidade, queremos ser felizes.

“Quando veio a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascida de uma mulher...” Gl 4, 4

O silêncio daquela noite feliz, na gruta de Belém, repartiu o calendário em duas partes: o que era antes e o que veio depois. Foi um grande marco na história da humanidade. O Filho de Deus se fez pequeno, se fez criança e veio “ erguer sua Tenda no meio das nossas tendas”... Ele é o Emmanuel, o “Deus conosco”.
Este acontecimento é para todos nós motivo de júbilo, de grande alegria e esperança, pois agora nós temos “ um Salvador”.

“O povo que andava na escuridão, viu uma grande Luz” . Is 9, 1
Ele se faz caminheiro e companheiro em nossa jornada e seguindo a claridade da Verdadeira Luz, chegaremos sem dúvida confiantes, à morada do Pai.
Cada um de nós que fazemos a Igreja é convidado, convidada, a ser um anjo de paz e a revelar ao mundo o “Pequeno-Grande” com nossas palavras e com nosso testemunho.
Bom dia, 2010! Feliz Ano Novo, meu irmão, minha irmã! Que cada novo dia, seja um Novo Amanhecer!

Ir. Teresa Cristina Potrick, ISJ

sábado, 12 de dezembro de 2009

Uma Luz resplandeceu





  • "Resplandeceu a LUZ sobre nós,
  • porque nasceu Cristo o Salvador!"

    Motivação:

    Em nome do Pai
    ( Cantado )

    Natal! A esta palavra está ligado todo um universo de símbolos: a vela, as estrelas, as bolas resplendentes, o pinheirinho, o presépio, o boi e o asno, os pastores, o bom José e a Virgem Maria, o Menino repousando sobre as palhas. Eles constituem o eco do maior evento da história: a Encarnação de Deus. Nasceram da fé e hoje falam ao coração. Hoje, entretanto, estes símbolos foram capturados pelo comércio e apelam para o nosso bolso. Perdeu-se o verdadeiro sentido do Natal. A figura de destaque é a do Papai Noel.
    Todos :- Natal ... Festa da vida!
    Dirigente: - Celebrar é mais que saber e refletir. É acolher, é abrir espaço em nosso coração para a LUZ que chegou no Natal - o Salvador!

    T. Alegremo-nos: não pode haver tristeza quando nasce a Vida.
    D. Celebremos: não pode reinar indiferença quando a noite , de repente , se ilumina!
    T.“O povo que andava nas trevas, viu uma grande Luz” ( Is 9, 1 ).
    D. Era a Luz da salvação, que chegava de forma sutil e frágil, na humildade de Belém, entre pastores e ovelhas.

    Canto: -
    Para os homens que erravam nas trevas, lá do céu resplandece uma luz,
    Hoje Deus visitou nossa terra e nos deu o seu Filho Jesus.

    D. Não temos a alegria eufórica, superficial, sem saber por quê. Temos motivos de júbilo radiante, para a alegria plena e para a festa solene: Deus se fez pessoa humana e veio armar sua tenda no meio de nós.
    1. Deus não fez estardalhaços e penetra sem agredir, na sua vida humana e deseja-lhe a paz da salvação.
    Resplandeceu a luz sobre nós, porque nasceu Cristo, o Salvador!... (bis )
    ( Entrada do Menino Jesus )
    T. No escuro e nas trevas... a luz era fraca; podia-se ver pouca coisa. É o símbolo da humanidade em situação de advento, de espera e de expectativa.
    2. Agora o Menino veio... As trevas se fizeram luz... A noite tornou-se dia... é o que significa Natal: - a Festa da Luz ... da vida... e do amor humanitário do nosso Deus.
    T. A luz se acendeu: agora podemos ver tudo: Deus como Pai, os outros como irmãos, o mundo como herança que o Pai nos deu.
    D. Tudo por causa do mistério desta noite santa e anunciada... Nasceu Jesus Cristo, Filho eterno de Deus e nosso irmão bem-amado. É para celebrar e nos alegrar que aqui estamos diante do menino-Luz, com as pessoas da terra e com a natureza inteira... Juntamente com os Anjos, cantamos:

    Cantado: Glória a Deus nos Céus e na terra paz aos homens... Glória, aleluia!

    Vamos fazer nossas as palavras de uma canção :

- Este Natal vou festejar diferente: presentear toda a gente que em meu caminho encontrar.
- Vou abrir do coração a gaveta da alegria repartindo-a com os irmãos... Mas, não vai ficar vazia
- E toda aquela esperança do fundo do coração, doar, com ambas as mãos, aos velhinhos, às crianças.
- E daquela gaveta antiga o ódio que houver guardado vou jogar tudo pro alto e de todos ser mais amiga.
- E a gaveta do perdão será o maior presente que ganhará toda gente sem que haja distinção.
- E tudo o que existir de ruim acumulado: ressentimento, pecado, vou procurar extinguir. Para que uma nova - luz possa em meu peito brilhar e eu, feliz, festejar mais um Natal de Jesus!


Canto:- Natal é conversão - ( José Acácio Santana)

1.Chegou a hora de sonhar de novo,
De tornar-se povo e se fazer irmão.
Chegou a hora que ligeiro passa,
De ganhar a graça para a conversão!

Meu caro irmão,
Olha pra dentro do teu coração,
Vê se o Natal se tornou conversão,
E te ensinou a viver ( bis ).

2. Chegou a hora de viver o Cristo,
E acreditar que isto é se tornar maior.
Chegou a hora de pensar profundo,
E perceber que o mundo pode ser melhor.

3. Será difícil tantas mãos unidas,
Não fazer da vida um tempo sem igual.
Será difícil tanto amor e afeto,
Não tornar concreto, o gesto do Natal

Pai-Nosso:

Oração: - Ó Deus da promessa, vem a nós com tua força e ternura materna. Abre os nossos ouvidos ao teu chamado e prepare os nossos corações para a manifestação de tua vinda. Dá-nos a graça de entrarmos com decisão e alegria no Reino que Jesus veio anunciar. Ó Deus, luz de todas as pessoas que te buscam, na hora em que chega a escuridão, manifesta-nos a tua presença maternal que possamos vencer todo o medo e toda a trama maldosa deste mundo. Por Cristo, nosso Senhor .Amém!

Dar o abraço da paz a todos, desejando Boas Festas!...

Ir. Teresa Cristina Potrick, ISJ

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Tempo de alegre Esperança




Advento é um tempo de alegre esperança; é um tempo de preparação e de espera do Senhor. É um tempo muito rico em que os textos bíblicos e a liturgia alimentam nossos sonhos de um mundo de paz e reconciliação, pela esperança da “justiça de Deus”.

O advento nos convida a aguçarmos nossa sensibilidade para percebermos os inúmeros sinais que revelam a transparência de Deus em nosso tempo, ainda tão conturbado, e em e nossa realidade humana, ainda tão desumana, violenta e sofrida: sinais evidentes de distanciamento do projeto de vida, o sonho de Deus para o qual fomos criados.
A mística do advento nos move também a cultivar uma atitude nova diante da realidade humana e cósmica, intensifica nosso desejo de felicidade plena, relações mais fraternas, verdadeiras e duradouras; fortalece nossa vocação de “testemunhas da Esperança”, superando todo o pessimismo e desencanto que nos possam abater.
O tempo do advento nos é dado cada ano como sacramento da espera, da vida da verdadeira Luz – o Salvador!
Com toda a Igreja, refletimos, rezamos e cantamos suplicantes: “Vinde, Senhor Jesus”!
Ao iniciar este tempo , coloquemo-nos a caminho, acendendo nossas lâmpadas com o óleo da fé, numa atitude de espera atenta e vigilante do Senhor Jesus que vem.
Para isso, é preciso criar um vazio, um espaço em nosso coração para acolher Aquele que vem, Aquele que deve ser o centro, o referencial de nossa vida.
Não antecipemos o nosso Natal enchendo-nos de “bolas coloridas e pisca-piscas”, do espírito do consumismo, do comércio,
de presentes, de comidas e bebidas. Que tudo isso, não venha a preencher o espaço da Verdadeira Luz do mundo, Daquele que veio para os seus, mas os seus não o receberam... Mesmo assim, Ele veio
armar sua tenda em nosso meio.
“E o Verbo se fez homem e habitou entre nós, e vimos sua glória, a glória que um Filho único recebe do seu Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1, 14).
Advento é um tempo especial de escuta, de atenção, de vigilância, de “gravidez” da Palavra.
Senhor, toca nossos corações, nossos ouvidos; reveste-nos da sensibilidade que nos faz alargar nossos horizontes, nossa tenda, para além dos estreitos limites do nosso egoísmo, acomodação, insensibilidade que impedem de viver segundo a proposta do profeta Bar 5, 5:
“Levanta-te, ó Jerusalém, põe-te no alto, olhe para o Oriente!”

Ir. Teresa Cristina Potrick, ISJ

domingo, 8 de novembro de 2009

Jesus toma a iniciativa



Preparar a tenda: - Entre no coração da Trindade Santa para fazer a sua oração. Acomode-se... Sinta–se envolto em toda uma atmosfera de paz, ... luz,... harmonia, ...ternura. Sinta o grande amor que Deus tem por você. Respire lenta e profundamente algumas vezes. Tome consciência do ar entrando.. e saindo dos pulmões ...Expresse seu desejo de fome e sede de Deus... Invoque o Espírito Santo para que Ele ilumine e conduza a sua experiência de oração.

Graça a pedir: Que Deus lhe revele toda sua verdade, todos os condicionamentos que o encurvam sobre si mesmo, impedindo de alargar os horizontes e proclamar a glória de Deus.

Imagine Jesus, em dia de sábado, “dia sagrado” para os judeus. Ensinando as pessoas na Sinagoga... a reação, a fúria do chefe da Sinagoga, diante de cura da mulher, realizada por Jesus. Ela não tem nome, não tem identidade, ela simboliza: eu, você, todo o ser humano.

Texto: Lc 13, 10-13 - Leia o texto bem devagar uma, duas ou mais vezes. Permaneça na palavra ou versículo que mais lhe tocou e vai saboreando. Deixe-se tocar por Jesus; deixe que Ele tome a iniciativa e aponte aquilo que é necessário mudar.
a) A mulher da qual fala o Evangelho de Lucas, há 18 anos permanecia encurvada, sem poder endireitar-se, olhando só para o chão, num círculo de pouco mais de um metro. Esta mulher encurvada habita dentro de cada um de nós... Carregamos o peso de muitos condicionamentos que nos encurvam para o chão, para nós mesmos, nos fazem perder a beleza do horizonte de uma vida mais plena, de uma vida mais feliz, uma vida com mais sentido.

b) Converse com Jesus... Peça que Ele lhe mostre onde sua pessoa está encurvada, voltada para o seu centro. Talvez você precise de um toque de Jesus em sua insensibilidade, ansiedade, mágoa, raiva, medo, orgulho, inveja, egoísmo, prepotência, comodismo...

Perceba qual a área de sua vida que precisa de cura... Manifeste a Jesus seu desejo, seu pedido de libertação. O que Jesus fez com a mulher, pode fazer com cada um de nós. Ele quer chegar não apenas a essa realidade de pessoa “encurvada”, mas também à raiz, aos motivos que levam a estar encurvado e libertar, curar toda espécie de deficiências.

Antes de concluir o seu encontro, faça um “colóquio” de aliança com o Senhor. Deixe-se invadir pela sua Palavra, ouça, “sinta internamente a presença e depois fale... converse com Ele, assim como conversa com um amigo.

· O que mais me tocou nesta oração?
· Que sentimento predominou em mim?
· Senti algum apelo, desejo, inspiração?
· Tive alguma dificuldade ou resistência?

No caso da mulher, Jesus toma a iniciativa, vai ao seu encontro e diz:
“Mulher, estás livre de tua doença”.
Impôs-lhe as mãos, e no mesmo instante ela se endireitou e dava glórias a Deus”

A estas palavras de Jesus, sinta também a força de suas mãos sobre você e coloque-se de pé, disponível, atento, aberto e prossiga o seu caminho como novo ardor, dando glórias a Deus.

Agradeça ao Senhor as iluminações e toques recebidos, as marcas que o Senhor foi deixando em sua passagem durante esta sua experiência de oração.
Reze um Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória ao Pai ou Alma de Cristo... Renove sua fidelidade a Jesus. Registre no seu caderno-Vida o que foi mais importante na sua oração.

Ir. Teresa Cristina Potrick,ISJ

sábado, 31 de outubro de 2009

Santado à beira do caminho


Preparo o encontro: - Começo a "vestir o meu coração", isto é, preparo o “ meu santuário interior” Para encontrar-me com Deus: Pai, Filho e Espírito Santo. Aquieto a minha mente, minha vontade e meu coração... Respiro lenta e profundamente algumas vezes. Invoco o Espírito Santo para que Ele ilumine e conduza minha experiência de oração.

Pedir a graça: - Um aumento de fé e coragem para jogar fora as capas, atrás das quais me escondo, para ocultar a minha verdade.

Com os olhos da imaginação vejo Bartimeu, cego, sentado à beira do caminho, mendigando; ele tem nome, tem uma família... Quando ouviu dizer que Jesus estava passando, grita: Jesus, Filho de Davi, tende piedade de mim. Muitos o repreendiam para que se calasse. Jesus o chama... O cego jogou o manto fora, deu um salto e foi até Jesus.... e Jesus pergunta; “Que queres que eu te faça?” Que eu veja.! No mesmo instante ele recuperou a vista... e foi seguindo Jesus pelo caminho...

Texto: Mc 10, 46 – 52.
Leia, calmamente o texto uma, duas ou mais vezes. Deixe que o “cego” em mim desperte e comece a gritar. Tomo consciência das vozes que gritam dentro de mim e pedem libertação.

a) Que eu veja!...
Veja-se a mim mesmo/a ... no lugar de Bartimeu.... sentado/a à beira do caminho ... mendigando... O que eu mendigo? O que estou sentindo? ... Percebo minha reação... meu desejo... ao saber que Jesus está passando... sinto meu desejo interno... minha sensação ... minha reação... Percebo se vai surgindo dentro de mim o desejo de ver Jesus... de encontrar-me com Jesus.... Qual a exclamação espontânea que brota de meu coração? Expresso a minha fé... Expresso o meu pedido...
Percebo neste momento... quantos sentimentos... reações...minha fé... aquilo que eu sento... aquilo que eu vive... aquilo que eu acredito...
Esses mecanismos... essas vozes ...essas reações... que emergem de dentro de mim... simbolizam aquelas pessoas que repreendiam o cego... para que se calasse...

b) Bartimeu deu um salto, jogou fora a capa.
Aquele pedido... aquele clamor de Bartimeu, gritava pela vida... Bartimeu de um salto, jogou a capa fora...não precisava mais de capa para esconder-se atrás dela... não havia mais necessidade de permanecer mendigo... de permanecer cego... de não se deixar perceber na sua verdade... Ele se torna capaz de reconhecer... assumir... e aceitar sua verdade.... Olhar, encarar sua verdade...

Quais são as capas que me protegem ... Que sustentam minha cegueira... A minha surdez... meu coração fechado... meu egoísmo... mua agressividade... minhas dominações... auto-suficiência... prepotência... caprichos... teimosias... carências... poder.
Quais as capas eu necessito lançar fora, para poder ver Jesus... aproximar-me de Jesus... e deixar-me curar por Ele... deixar-me tocar pelo seu olhar... Para eu poder ouvir... a voz de Jesus... que me fala...

c) Que queres que eu te faça?...
Converso com Jesus como converso com um amigo...Entreguo-lhe todas capas que fui encontrando... que me impedem de ver Jesus... ver as pessoas... na sua realidade... na sua verdade... aquelas capas que distorcem a percepção das coisas... da visão... da audição... etc. Faço minha oferta , de todas minhas capas a Jesus... E após ter oferecido todas as capas... Escuto o que Jesus me diz...
“Vai a tua fé te curou”... “No mesmo instante, ele recuperou a vista e seguia Jesus pelo caminho”.
Agradeço a Jesus por esta libertação... Por este tempo passado na sua companhia.. Para
finalizar meu tempo de oração, rezo o Pai-Nosso, a Ave Maria, ou outra prece que me seja familiar; agradeço este encontro com o Senhor...
Registro em meu caderno-vida as iluminações, os toques de Jesus, aquilo que mais mexeu comigo durante a oração e continuo sentindo o sabor da experiência realizada com Ele.

Ir. Teresa Cristina Potrick, ISJ

Lamparina acesa



Prepare o seu “santuário interior” para um encontro muito especial com a Trindade Santa: Pai, Filho e Espírito Santo. Pacifique o seu coração... Respire algumas vezes profundamente e relaxe bem todo seu corpo... Invoque o Espírito Santo para que Ele ilumine e conduza sua experiência de oração... Coloque-se diante do mistério de Deus cujo coração é misericórdia, perdão, amor, compaixão, compreensão... acolhida...

Graça a pedir:
-Manter acesa a lamparina da fé, do amor, da esperança, a fim de ver, perceber, e se libertar de tudo aquilo que aprisiona, fere e encurva sobre si mesmo.

Texto: Lc 12, 35 – 38.
– Leia calmamente, uma, duas ou mais vezes o texto. Ele convida a estar de pé, isto é, pronto, vigilante, atento aos sinais.

a) “Que vossos rins estejam cingidos ...” - Estar cingido é estar disponível... Isto é, atentos aos sinais, aos toques de Deus, desde a manhã até a noite. Estar de sentinela ... vigilante, abrir os olhos à realidade, ao que acontece dentro de si e à sua volta.
Onde e em que você focaliza seu olhar? Em que está centrado ? O que consegue enxergar?
O ser humano está sempre mais “out” de si, da sua “casa”; é preciso que volte a estar em “in” , isto é, que volte para si mesmo, como pessoa, para sua casa, para o seu interior, não egoisticamente, mas para, a partir de dentro, dar mais sentido e qualidade à sua vida e contribuir para a construção de mais vida de todos aqueles que integram sua jornada, fazendo acontecer a comunhão, a unidade tão desejada por Cristo: “Que todos sejam um”.

b) “ ... e as lamparinas acesas...”
As lamparinas acesas indicam que a cena acontece de noite. Os ladrões escolhem de preferência a noite. “ de noite ronda o ladrão, penetra às escuras nas casas”, e utilizam o procedimento de abrir um buraco ou qualquer outro meio a fim de alcançar o seu objetivo.
Assim, também as forças do mal, do inimigo da natureza humana, aproveitam enquanto se faz escuro dentro de nós, enquanto se dorme, se está acomodado, para penetrar, abrir buracos em nossa “casa” pelas áreas ainda escuras, no emaranhado das feridas do passado não resolvidas, para assaltar, roubar, provocar trevas no interior das pessoas, a fim de que a pessoa se deixe levar pelo desânimo, pela soberba, egoísmo, inveja, fechamento, comodismo e assim, impedir que a transparência, a luz e a glória de Deus se manifestem. A luz de Deus no dia-a-dia ajuda a perceber as forças e as fraquezas de que somos portadores.
No seu dia-a-dia você consegue perceber as artimanhas do inimigo agindo na sua vida?

“Brilhe a vossa luz diante de todos os homens, de modo que, ao ver vossas boas obras, glorifiquem vosso Pai do Céu” ( MT 5,14-16).

Antes de concluir o seu encontro, faça um “colóquio” de aliança com o Senhor. Deixe-se invadir pela sua Palavra, ouça, “sinta internamente a presença e depois fale... converse com Ele, assim como conversa com um amigo. Agradeça as marcas que o Senhor foi deixando em seu coração, louve, suplique, fale de sua vida... Reze um Pai-Nosso, Ave-Maria. Glória ao Pai ou Alma de Cristo. Renove sua fidelidade ao Senhor.


Fazer memória da oração:
· O que mais me tocou nesta oração?
· Que sentimento predominou em mim?
· Senti algum apelo, desejo, inspiração?
· Tive alguma dificuldade ou resistência?

Anote, brevemente, no seu caderno-Vida o que foi mais importante na sua oração.

Ir. Teresa Cristina Potrick,ISJ

sábado, 17 de outubro de 2009

O fermento dos Fariseus


Comece a preparar o seu “lugar sagrado”... É o lugar do encontro íntimo e pessoal com Deus. Coloque-se diante do mistério de Deus. Pacifique o seu coração... Respire lenta e profundamente algumas vezes... Desligue-se de tudo quanto possa interferir neste seu encontro profundo com o Criador... Jesus recomenda: “ ...entre no seu quarto, feche a porta, e reze ao Pai ocultamente...” ( Mt, 6,6 ). Invoque o Espírito Santo para que Ele ilumine e conduza sua experiência de oração.

Graça a pedir: - Conhecimento interno de Jesus para aprender com Ele, a sabedoria de vivenciar as relações de amor, de justiça e misericórdia com os outros.

Texto: Lc 11, 37 – 41 ss
Faça uma leitura calma e atenta do texto, e se for necessário leia mais vezes deixando–se interpelar pelo Senhor naquela palavra ou versículo que mais mexeu com você. Tente imaginar a cena : Jesus e os fariseus.


a) “ O fariseu ficou admirado ao ver que Jesus não tivesse lavado as mãos antes da refeição”. “Vós, fariseus limpais o copo e o prato por fora, mas o vosso interior está cheio de roubos e maldades”.
A verdadeira liturgia que agrada a Deus, não é tanto realizar uma série de ritos de purificação, multiplicar orações; não basta ter “aparência de santidade”. É preciso ser coerente com o Projeto de Deus: viver o amor, a justiça, o perdão, a verdade, a solidariedade, a misericórdia para com todos.
Os fariseus e “mestres da lei” eram verdadeiros “detetives”... Se detinham em “coisinhas” que, no máximo se referiam à higiene pessoal; colocavam pesados fardos nos ombros do outros.
Jesus declara puras todas as coisas e mostra o verdadeiro itinerário da impureza: ela nasce dentro de cada pessoa, do seu coração e se manifesta fora em atos maus, provando que quem faz o mal é a primeira vítima desse mal aninhado em seu coração.

b) “Tomai cuidado com o fermento dos fariseus, que é hipocrisia”.
O fermento uma vez colocado na massa, vai atuando de forma imperceptível, levedando toda a massa; assim age também o fermento da hipocrisia, vai levedando toda a pessoa, toda a comunidade, todo o ambiente. Ter conhecimento apenas, não basta; sabiam a lei de cor e na verdade, usavam uma espécie maquiagem, uma máscara para encobrir a hipocrisia e a maldade que traziam por dentro, secretas, bem ocultas em seu coração.
Jesus censurou duramente tais atitudes:
v Raça de víboras ...
v Ai de vós fariseus hipócritas ...
v “Sepulcros caiados”... Isto é, pintados de branco, bonitos por fora e por dentro, cheios de rapina e podridão...
v Aí de vós “mestres da Lei” ...

c) Diante do procedimento de Jesus, pode-se fazer uma avaliação, uma releitura da própria vida...
· Será que as atitudes dos fariseus e dos mestres da lei têm alguma coisa a ver comigo?
· O que diria Jesus hoje, para mim?


“Vai e desce à casa do oleiro, e lá te farei ouvir minha palavra”. Jr 18, 2
Descer à casa do oleiro é percorrer um longo caminho para dentro do coração de Deus e aí, no silêncio, na oração, na intimidade, os olhos vão se abrindo para o dinamismo da misericórdia do Coração do Pai, alargando assim, os mesquinhos e estreitos horizontes humanos.
· O que mais me tocou nesta oração?
· Que sentimento predominou em mim?
· Senti algum apelo, desejo, inspiração?
· Tive alguma dificuldade ou resistência?


,Agradeça ao Senhor as iluminações e toques recebidos e percebidos durante esta sua experiência de oração. Registre no seu caderno-Vida o que foi mais marcante na oração: texto, sentimentos, apelos, resistências. Percebo que sentimentos surgiram: alegria, paz, ânimo, coragem, medo, angústia, tristeza. Reze um Pai-Nosso, uma Ave-Maria, um Glória ao Pai e renove sua fidelidade a Jesus.

Ir. Teresa Cristina Potrick,ISJ


terça-feira, 13 de outubro de 2009

"Fazei o que Ele disser"






Entre no coração da Trindade Santa para fazer a sua oração. Acomode-se... Sinta–se envolvida em toda uma atmosfera de paz, ... luz,... harmonia,.. ternura. Sinta o grande amor que Deus tem por você. Respire lenta e profundamente algumas vezes.
Coloque-se diante do Mistério, deixando-se envolver pelo seu Espírito.

Graça a pedir: - Não ser surdo/a ao chamamento de nosso Senhor, mas pronto/a e diligente em cumprir sua Santíssima Vontade.


1. Texto: - Jo 2, 1 – 12 :
Leia calmamente, uma, duas ou mais vezes o texto. A Mãe de Jesus estava presente... Também Jesus e seus discípulos foram convidados para o casamento. Deixe-se “tocar” pela atitude atenciosa de Maria e pelo seu testemunho de fé e de intercessão pelos necessitados.

2. Contemplar Jesus participando nas Bodas de Caná. Entrar na festa. Participar. Ver Jesus, Maria, os noivos, os convidados... Acabou o vinho! Que faço ? No centro do relato está Maria. Até mesmo Jesus e os discípulos aparecem em segundo plano. “Jesus também foi convidado ...”. A figura da mãe é, sem dúvida, central e é a partir dela que a atenção se projetará em Jesus. Entre nos sentimentos de Maria e na sua confiança total em seu filho Jesus Ela confia a necessidade a Jesus e confia, também, que Ele vai agir. Aos “serventes” e à você, hoje, deixa dito: “Faça tudo o que Ele disser”. Exige de você uma atitude de prontidão e de escuta para colocar em prática o que Jesus pede.
3. O milagre da manifestação da Glória de Cristo passa através de Mãe. Contemplar as atitudes de Maria ... Ela é aquela que vê o conjunto... È aquela que assume, se coloca no lugar... É aquela que age, que toma as iniciativas... Às vezes na nossa vida, parece ter acabado o vinho... Jesus é o vinho bom. Pedir a Maria que derrame este “vinho novo” na minha vida para que eu recupere o sentido da festa. Curtindo esse vinho bom, a vida será sempre uma festa.

Repita, suavemente, uma palavra ou frase inspiradora que o Espírito Santo desperta no seu coração. “ Saboreie” o vinho novo, o “melhor vinho”. Saborear o “ melhor vinho”, é necessário estar atento a tudo aquilo que Jesus solicita. No dia-a-dia estar atento/a para escutar e fazer o que o Senhor tem a dizer: “Fazei o que Ele vos disser”.

Terminada a oração, reveja brevemente como se saiu nela, perguntando-se:
· O que mais me tocou nesta oração?
· Que sentimento predominou em mim?
· Senti algum apelo, desejo, inspiração?
· Tive alguma dificuldade ou resistência?

Agradeça ao Senhor as iluminações e toques recebidos e percebidos durante sua experiência de oração, renove sua fidelidade a Deus. Anote em seu caderno vida aquilo que foi mais forte, mais significativo.
Reze um Pai-Nosso , uma Ave-Maria ou outra oração e continue suas atividades com as luzes recebidas na oração.

Ir. Teresa Cristina Potrick, ISJ

terça-feira, 6 de outubro de 2009

O Bom Samaritano


Entre no coração da Trindade Santa para fazer a sua oração. Acomode-se... Sinta–se envolta em toda uma atmosfera de paz, ... luz,... harmonia, ...ternura. Sinta o grande amor que Deus tem por você. Respire lenta e profundamente algumas vezes. Tome consciência do ar entrando.. e saindo dos pulmões ...

Graça a pedir: - Tomar consciência de como atuam em mim os mecanismos dos personagens do texto e como ir me libertando dos mesmos.

Texto: Lc 10, 25 – 37 - O Bom Samaritano.
Leia, calmamente o texto, uma, duas ou mais vezes e deixe-se conduzir pelo Espírito Santo. Não interfira com seus esquemas mentais, suas justificativas, seus raciocínios. Com toda simplicidade, coloque-se diante do mistério de Deus.
O amor de Deus se revela no amor ao próximo... O texto proposto, nos apresenta diferentes atitudes dos personagens, diante da necessidade do próximo.
Os Doutor es da Lei, conhecem as Escrituras, têm conhecimento dos Mandamentos de Deus, porém, não há coerência de vida. Para amar não é suficiente saber.

a) Podemos ressaltar três atitudes principais dos personagens deste texto:
1. A mística gananciosa : ( ladrões ) - “O que é teu, é meu”.
2. A mística egocêntrica : ( levita e sacerdote ) - “O que é meu, é meu”.
3. A mística divina, a mística do Papai do Céu: ( Samaritano) - “O que é meu , é teu... é nosso.”

b) Todos estes personagens , fazem parte da minha vida.
É necessário tomar consciência de sua presença em mim e perceber como eles atuam em mim.
· Quem são em mim os “assaltantes”? ... De que modo assaltam e como funcionam...
· Quem é o “assaltado” em mim? Quais são os ferimentos causados e evidenciados?
· Quem são o “sacerdote, o levita” e o “samaritano” em minha vida?
· Ver de que modo as “místicas” dos personagens deste Evangelho se manifestam em mim... em que momentos eles se tornam mais vivos e ativos...
· O que representa a “hospedaria”, para mim? Sinto-me disposto a assumir o preço da cura, isto é, ser responsável pelas “feridas” atuais e as do passado, sem atribuir e acusar os culpados?

E Jesus perguntou : na tua opinião, qual dos três, foi próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?’ Ele respondeu: “ Aquele que usou de misericórdia para com ele”. Então Jesus disse: “Vai e faze a mesma coisa”....

Terminada a oração, reveja brevemente como se saiu nela, perguntando-se:
· O que mais me tocou nesta oração?
· Que sentimento predominou em mim?
· Senti algum apelo, desejo, inspiração?
· Tive alguma dificuldade ou resistência?

Agradeça ao Senhor as iluminações e toques recebidos e percebidos durante esta sua oração, renove sua fidelidade a Jesus. Reze um Pai-Nosso e registre sua experiência de oração no seu caderno-vida.

Ir. Teresa Cristina Potrick, ISJ



terça-feira, 4 de agosto de 2009

Parábola da Rede



Preparar o encontro com o Senhor:

Imagine-se na praia... Observe a imensidão do mar... o movimento das ondas... os barcos chegando... rodeados de gaivotas que procuram o seu alimento. Sinta o forte cheiro da maresia... ouça os gritos das crianças, o vozerio das pessoas e dos pescadores... Observe a seleção dos peixes... os bons vão para os cestos... os outros rejeitados e devolvidos ao mar, não servem para o consumo.

Graça a pedir: - Deixar-se conduzir pelos critérios de Cristo nas situações do dia-a-dia.

Texto: MT 13, 47 – 50.

O Reino do Céu é ainda como uma rede lançada ao mar, ela apanha peixes de todo tipo (MT 13, 47).
Convide Jesus que é Luz a visitar com você, a percorrer cada canto e recanto “ de sua casa” a fim de que, de acordo com a vontade do Pai, você possa ir “ arrumando” a sua vida.

Os pescadores sentam-se e escolhem: os peixes de boa qualidade vão para o cesto e os que não tem qualidade são jogados fora (MT 13, 48).

Procure perceber o conteúdo de sua rede... Talvez encontre aí alguma latinha enferrujada, um sapato furado, retorcido... O que fazer com eles? Que tal perguntar ao Mestre da vida, sobre os conteúdos, um por um? Estão me atrapalhando? Me impedem de livremente construir o Reino?
Não tenha medo!... Entregue-os ao Senhor... afinal, Deus não pode transformar pedras em filhos de Abraão?

Após ter rezado sobre esta parábola, você se sente consolado/a, com ânimo para prosseguir e viver o seu compromisso com Cristo?

· Terminada a oração, reveja brevemente como se saiu nela, perguntando-se:
· O que mais me tocou nesta oração?
· Que sentimento predominou em mim?
· Senti algum apelo, desejo, inspiração?
· Tive alguma dificuldade ou resistência?

Agradeça ao Senhor as iluminações, toques recebidos e percebidos durante esta sua oração, renove sua fidelidade a Jesus. Reze um Pai-Nosso e registre sua experiência de oração no seu caderno-vida.

Ir. Teresa Cristina Potrick, ISJ

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Maria, a mulher forte




- Prepare o seu coração para o encontro com a Trindade Santa. Entre em seu quarto e feche a porta, isto é, entre em seu coração... Acalme sua mente e desligue-se de tudo quanto possa desviar sua atenção do Senhor... Respire lenta e profundamente algumas vezes... Invoque o Espírito Santo para que Ele ilumine e conduza sua experiência de oração.

Graça a pedir: Que Maria nos coloque com seu Filho e nos ensine a permanecer firmes, de pé, diante das tempestades da vida.

Textos: - Lc 1, 26 – 38; Jo 19, 25 – 29; Lc 2, 41 – 49; MT 2, 1 – 23;
a) Contemplar: - Com os olhos da imaginação procure contemplar Maria em alguns passos de sua trajetória.
“ Ave cheia de graça, o Senhor é contigo...” “ Não temas, Maria!”
O Anjo Gabriel procura afastar este sentimento do coração de Maria. O medo impede a criatividade... o medo cerceia a liberdade... o medo nada muda... nada faz.

Encontramos na Bíblia mais de 380 vezes esta pequena frase: “ Não temas...” O medo, a insegurança, o receio fazem parte do ser criatura.

Deus viu todas as mulheres do mundo, desde Eva até a mulher do Apocalipse. E viu que a mulher mais aberta, mais fiel era Maria. Ele a escolheu... Deus não teve pressa, esperou o momento histórico para realizar a Encarnação.

b) Maria, mulher forte e corajosa permaneceu de pé, firme, quando:
· O vento gelado da calúnia tentou sacudí-la na sua gravidez;
· A raiva de Herodes e sua perseguição forçaram-na ao exílio;
· Ao retornar da festa de Jerusalém, Jesus permanece entre os doutores;
· Maria experimentou em seu coração e em todo o seu ser, os sofrimentos de Jesus na agonia no Jardim das Oliveiras; o beijo de Judas, o abandono dos discípulos, as cuspidas que recebeu, a flagelação, a coroa de espinhos, as zombarias e escárnios de que foi vítima. E enfim a dolorosa subida do Calvário e Crucifixão. Maria se mantém firme ao pé da cruz. Ela vê os soldados repartindo as vestes de seu Filho querido e tirando a sorte de sua túnica. Esta túnica, nos diz São João, “ era sem costura, tecida em uma só peça de alto a baixo”. Os soldados a apreciavam muito e não querem dividi-la, por isso lançam a sorte.

c) Maria mulher forte, corajosa e modelo de esperança.
Diante de todo o tipo de sofrimento, Maria não se desesperou... não gritou... não perdeu o equilíbrio... a dignidade de mulher forte... não tomou calmantes... não foi em busca de conforto barato e nem assumiu atitude de vítima. Como o mandacaru do nordeste, uma planta que resiste a qualquer seca, nunca morre porque possui raízes profundas, suga da terra até a última gota de água escondida e é sinal de esperança e força no sofrimento... Maria é sinal de esperança, lição para os discípulos que por medo se esconderam. Lá estava ela firme... de pé... cheia de esperança.
Olhando para Maria, volto-me para mim mesmo e considero como me porto diante da dor, do sofrimento, da incompreensão, das perdas, das dificuldades...
Maria assumiu a dor como o sol do dia que amadurece e fortifica... O Calvário é a grande hora da maternidade. Ali, é gerada a salvação do mundo. Ali, é gerada a Igreja. Ali, também, Maria é feita Mãe de todos nós... ali, nessa grande e última hora, Jesus, tendo dado tudo a nós, decide dar-nos o tesouro do seu coração: sua própria Mãe. “ Mulher, eis aí o teu filho”, e Jesus indicou João. Em João estávamos todos nós. Depois, disse ao discípulo: “ Eis aí a tua Mãe”.
Terminada a oração, reveja brevemente como se saiu nela, perguntando-se:
· O que mais me tocou nesta oração?
· Que sentimento predominou em mim?
· Senti algum apelo, desejo, inspiração?
· Tive alguma dificuldade ou resistência?

Agradeça ao Senhor as iluminações e toques recebidos e percebidos durante esta sua oração, renove sua fidelidade a Jesus. Reze um Pai-Nosso e registre sua experiência de oração no seu caderno-vida.
Ir. Teresa Cristina Potrick, ISJ




segunda-feira, 13 de julho de 2009

Seta ou Profeta?






Qual a minha opção?




Profeta? Seta?






Max Sheller escritor alemão escrevia muito bem, mas não vivia. Era muito lido pela juventude. Um grupo de amigos resolveu abordá-lo para uma conversa íntima.
Marcados hora e local se apresentaram... Um mais corajoso disse:
“Max, explique-nos... Escreves tão bem mas, não vives?
“Ele ficou sério, depois esboçou um sorriso e respondeu: É questão de opção. Podemos ser: seta ou profeta. Eu escolhi ser seta”.
Entreolharam-se os amigos... “Mas, explique-nos”.
- “Seta indica o caminho”...
- “O Profeta pode falar anunciando e denunciando; é respeitado e seguido”.
E eu... qual a minha opção? Seta? ... Profeta?
Ou nenhum dos dois?

(Desconheço o autor)


























domingo, 12 de julho de 2009

Proposta de Oração


Farei de ti, uma fonte de bênçãos”...

Texto: Gn 12, 1 – 9 )

“ Sai de tua terra, de tua parentela, da casa de teu pai e vai para a terra que eu te mostrarei... farei de ti uma fonte de bênção” ( Gn 12, 1 – 2 ).

Ø Oração preparatória: - Consiste em pedir graça a Deus Nosso Senhor para que todas as minhas intenções , ações e operações sejam dirigidas unicamente ao serviço e louvor de sua divina Majestade. ( 46 )

. Composição de lugar.

. Pedir a Deus Nosso Senhor o que quero e desejo .

. Algumas pistas :

· A iniciativa é sempre de Deus, em benefício do outro:
“O homem é criado para louvar, reverenciar e servir a Deus e assim salvar a sua alma”.

· Sai... deixa... - A pessoa que busca, sempre tem algo a deixar... Abraão ergue-se à nossa frente como homem de fé, o mestre da fé... É nômade, peregrino que Deus chama arrancando-o de sua terra, para fazê-lo “pai” de uma multidão. O Senhor o coloca no caminho do imprevisível, no deserto que não conhece, rumo a uma terra prometida que não chegará a ver. Mas, Deus caminha ao lado de Abraão , sendo sua força nos momentos difíceis. Ele crê, questiona o próprio Deus, pede explicações e aceita com maturidade interior o silêncio de Deus ou os projetos de Deus que se chocam contra a evidência humana.

· Vai... - o para onde é tão importante que motiva o deixar... Para que vivo ? Para onde eu caminho ? Como estou caminhando ? Ser peregrino nesta terra é uma grande aventura... O peregrino enfrenta cada dia novas paisagens, novas surpresas, novos desafios e novas perguntas...

· Uma fonte de bênçãos - Como ? Para quem ser bênção ?

· Marcos de Deus - Mergulho interior... Fazer a “teografia”, isto é , fazer memória dos marcos, dos sinais, dos altares construídos, como memória da experiência do encontro com Deus no rio da minha vida.

Terminada a oração, reveja brevemente como se saiu nela, perguntando-se:

· O que mais me tocou nesta oração?
· Que sentimento predominou em mim?
· Senti algum apelo, desejo, inspiração?
· Tive alguma dificuldade ou resistência?
Agradeça ao Senhor as iluminações e toques recebidos e percebidos durante esta sua experiência de oração, renove sua fidelidade a Jesus. Reze um Pai-Nosso e continue o seu dia na presença do Senhor.

Ir. Teresa Cristina Potrick, ISJ


domingo, 28 de junho de 2009

Relações que rompem barreiras



É Verdade, Senhor; mas também os cachorrinhos debaixo da mesa comem as migalhas das crianças”
( Mc 7, 28)

1. Preparar o encontro:
Faço-me presente ao mistério de Deus-Pai, Filho e Espírito Santo. “Quando tu queres rezar, entra no teu quarto e reza a teu Pai que está ali, no segredo” (Mt 6, 6 ). Fechar a portas significa desligar-se de tudo aquilo que possa ocupar o espaço no meu coração; preocupações, tensões, coisas, porque o que vou fazer é coisa importante e séria – comunicar-me com meu Criador... Aquieto a minha mente, minha vontade e o meu coração... Respiro lenta e profundamente algumas vezes. Invoco o Espírito Santo para que Ele ilumine e conduza minha experiência de oração. Sou um ser humano que Deus atinge e que vai a Deus com toda a sua realidade.
2. Pedir a graça:
Peço a graça de fazer-me realmente presente a Deus e deixar que Jesus me revele o que significa “crescer no amor” de verdade, nas relações fraternas, nas relações com o diferente; o que vou precisar mudar. Romper na minha vida.

3. Texto: Mc 7, 24-30.
Ler calmamente a Palavra de Deus uma duas ou mais vezes com o coração aberto. O texto de Marcos me coloca face a um relato que me faz refletir sobre: relações que rompem barreiras e me movem a um aumento de fé.
“O Ser humano é um nó de relações” Saint Exupéry.
O ser humano é um nó de relações, voltado em todas as direções – para cima, para o sonho; para o alto, para Deus; para dentro de si, para o seu coração; para os lados, para seus irmãos e irmãs; para baixo, para a terra, para a natureza. Relações em todas as direções. E o ser humano só se realiza, se ele articula as relações. Quando corta as relações, ele empobrece.
No texto indicado, Jesus mudou de opinião por causa da palavra da mulher. Superando seu preconceito ele reconhece que ela está perto de Deus. Defende a vida da filha como Deus sempre defendeu a vida de seu povo. Mudando de opinião, inclui os pagãos na nova comunidade.
“A Eucaristia, sacramento da unidade na Igreja, constitui para nós a fonte de participação na missão de Cristo: Reunir os filhos de Deus dispersos e conduzi-los ao Pai”.
Eucaristia é ação de graças e, a melhor maneira de agradecer é comprometer-se é responder com sentido novo – gratidão.
A Eucaristia me ajudará a viver melhor minhas relações...

· Eucaristia – Compromisso com a luz.
Viver a eucaristia é viver comprometido/a com a luz. Eucaristia é a resposta do compromisso com a luz, com a transparência, com a justiça, com a libertação.
· Eucaristia – Compromisso com o outro, com a outra...
O compromisso se faz com o outro, com a outra. Ao chegar do outro lado, Deus vai me perguntar: - Onde está teu irmão, tua irmã? Você viveu o “ amor”? Como eu me encarno no irmão na irmã, como me inculturo?
· Eucaristia – Compromisso com a maturidade.
Uma fruta está madura quando atingiu plenamente as suas qualidades próprias... Algumas características da pessoa madura:
- Capacidade de se reconhecer e de aceitar suas qualidades, fragilidades e limites.
- Capacidade de aceitar o outro, a outra como ele/a é.
- Capacidade de perdão ( dar – pedir – receber).
- Capacidade de superar ciúmes e inveja.c
- Capacidade de gratuidade ( dar sem cobrança ).
- Capacidade de amor oblativo ( renúncia)
- Capacidade de partilhar ( o que tem e o que é).
- Quando a pessoa não gosta de si mesma, vive amuada, de cara feia, amarga, azeda, de mal com a vida é impossível viver a “ dimensão do amor” consigo mesma e com os/as demais.

Que Jesus me revele e me ensine a ir descobrindo no meu dia-a dia, como ser sal, ser luz, ser fermento e bênção para mim e para todos os que cruzarem por meus caminhos.

1. Como trato as pessoas que moram comigo? Com ar superior ou com humildade?
2. Como me relaciono com as pessoas que estão em uma reunião comigo? Querendo que todos me ouçam e sigam as minhas opiniões ou, humildemente, ouvindo e seguindo as opiniões dos outros?
3. Como me posiciono diante das pessoas que estão comigo no mesmo ministério? Querendo que todos sigam única e exclusivamente as minhas decisões ou renuncio as minhas e aceito também as dos outros com humildade?

Fale ao Senhor, “ como um amigo fala a seu amigo ou um servidor a seu senhor”, ou um filho, uma filha a seu pai ou sua mãe... uma criatura a seu Criador e Salvador, conforme o que viveu e experimentou durante a oração.
Para finalizar seu tempo de oração, reze o Pai-Nosso, a Ave Maria, ou outra prece que lhe seja familiar, agradecendo este encontro com o Senhor.
Registre em seu caderno-vida as iluminações, os toques, aquilo que mais mexeu com você durante a oração e continue sentindo o sabor da experiência realizada com Ele.

Elaborado por: Ir. Teresa Cristina Potrick, ISJ

quarta-feira, 17 de junho de 2009

José, a figura silenciosa


Prepare o seu coração para o encontro com a Trindade Santa. Entre em seu quarto e feche a porta, isto é, em seu coração... Acalme sua mente e desligue-se de tudo quanto possa desviar sua atenção do Senhor... Respire lenta e profundamente algumas vezes... Invoque o Espírito Santo para que Ele ilumine e conduza sua experiência de oração.
Graça a pedir: - Diante dos sofrimentos, das incompreensões, das dificuldades encontradas no caminho da vida, saber calar, fazer silêncio, e acolher com paciência as “ demoras de Deus”.
Texto: Mt 1, 18 – 25.
Com os olhos da imaginação procure “ ver” a figura de José, o homem que soube calar, silenciar, que fez a experiência de passar por uma verdadeira “noite escura”, de experimentar o “ silêncio de Deus”.
José é uma figura silenciosa no Evangelho, nunca o ouvimos falar... Como bom judeu, piedoso, justo, poderia ter abandonado Maria, poderia tê-la insultado e agido conforme a Lei.
Diante do fato da gravidez de Maria, o justo José, certamente teve de lidar, na sua mente e no seu coração, com perguntas dilacerantes e dúvidas angustiantes... No entanto, os Evangelhos não nos relatam nenhuma palavra.
Tente colocar-se no lugar de José... Peça-lhe ajuda; peça que lhe ensine a acolher a vontade de Deus no dia-a-dia de sua vida, sem questionamentos, sem exigir respostas aos seus “porquês”...
Detenha-se na contemplação do desconcerto, da escuridão, do sofrimento de José... Como todos os que foram eleitos por Deus para uma missão importante na história da salvação, José teve de fazer a travessia do deserto na escuridão da noite e no silêncio de Deus. Como todos os que se aproximam da sarça ardente, José também terá se perguntado: Por que Deus não fala? Por que não nos explica os acontecimentos que não entendemos? Por que não nos diz o que devemos fazer? Certamente, José também não quer se considerar pai do menino que vai nascer sem sê-lo. O Anjo lhe diz: “ Não temas receber Maria como esposa em tua casa”.
Diante do mistério de Deus e de Maria, José retirou-se em silêncio, confiando em Deus, que pelos caminhos cuidaria de Maria.
Imagine o conflito, a provação e a angústia de José e também o sofrimento de Maria, que sofreu com a angústia de José.
À luz das atitudes de José e de Maria, reze e reflita sobre as suas atitudes e comportamentos nas suas situações de escuridão e de silêncio de Deus.
Nestas situações continuo a confiar em Deus como José e Maria? Espero com paciência e confiança que Deus me revele os caminhos concretos de minha vocação e missão?
Deus nunca deixa de atuar, mesmo quando nos encontramos no meio da noite, envolvidos pela escuridão das dúvidas, das angústias e das provações. A iniciativa sempre é de Deus... As instruções dadas a José, de modo simples e concreto não são as que ele havia julgado serem as mais justas. Ao homem “ justo” compete executá-las fiel e imediatamente.
Terminada a oração, reveja brevemente como se saiu nela, perguntando-se:
· O que mais me tocou nesta oração?
· Que sentimento predominou em mim?
· Senti algum apelo, desejo, inspiração?
· Tive alguma dificuldade ou resistência?
Agradeça ao Senhor as iluminações e toques recebidos e percebidos durante sua experiência de oração, renove sua fidelidade a Deus.

Ir. Teresa Cristina Potrick, ISJ



sábado, 13 de junho de 2009

Oração da pétala







Oração da Pétala

Senhor, tantas vezes já pensei em mim e
descobri que sozinho não sou ninguém.
Tenho um colorido cuja veste dos homens jamais experimentou.
Mas, que seria de mim
se uma pétala só formasse a flor?
Agradeço Senhor,
a presença de minhas companheiras sem elas eu não seria parte da flor.
Obrigada pelo ramo que me sustenta.
Sem ele nenhuma pétala teria lugar.
Senhor,
obrigada pela essência que nos perfuma.
Obrigada que não nasci só.
Nem só eu, nem só ela, nem as outras pétalas.
Mas, nós juntas é que fazemos desabrochar a flor.
Precisamos abrir-nos juntas,
unir-nos mais e viver juntas o amanhecer,
o dia com tudo o que é seu,
e a noite que anuncia outra aurora.
Sentimos falta
quando uma cai primeiro.
Sentimos falta quando caímos todas.
Nascemos todas bonitas
para esconder aquilo
que nos faz nascer de novo.
Senhor, obrigada pela missão de ser pétala, na flor.
Obrigada pelas outras pétalas que me ajudam a ser mais, com elas.

Obrigada pela flor que formamos unidas.
Obrigada pela vida que juntas podemos gerar
E, reunidas com a riqueza de sermos diferentes
podemos viver. Amém!

(Autor desconhecido)

terça-feira, 2 de junho de 2009

Um Coração que muito amou



Procure um lugar calmo e tranqüilo, que favoreça o seu momento de oração. Acalme-se... Respire lenta e profundamente algumas vezes. Vista “o seu coração”, isto é, prepare o seu coração e coloque-se a caminho para o encontro profundo com o Senhor. Invoque o Espírito Santo para que Ele ilumine e conduza este seu encontro.
Faça, hoje, sua experiência de oração num lugar muito especial – no Coração de Jesus, aberto pela lança. Este lugar é por assim dizer o “novo templo”, o “novo santuário” da presença de Deus. Entre como você é, com a sua verdade, com toda a confiança... sem medo... a porta está aberta... Sinta o calor e o carinho do abraço acolhedor deste Coração que tanto ama. Se entregue... não coloque resistências... Ele é paz, amor, misericórdia, perdão.
Graça a pedir: - Um coração simples, reto, transparente, sem dobras, sem maldade, que cada dia vá ficando mais parecido com o Coração de Cristo.

Textos para oração: - Jo 19, 33 – 34; MT 11, 28 – 30.
Leia pausadamente os textos.

1º Ponto: “Um soldado abriu-lhe o lado com um golpe de lança. Imediatamente jorrou sangue e água.”
O Coração de Jesus é um coração que ama, que se abre aos outros, que acolhe. Na Bíblia a palavra “coração” é a que mais aparece: 834 vezes. A palavra coração designa, mais do que sentimentos, a sede das opções, das decisões, das avaliações.
O coração é o centro da vida afetiva ( o coração geme, alegra-se)... é do coração que parte o amor, a capacidade de amar, por isso dizemos que Deus é amor. O coração é o símbolo do amor, da interioridade... O coração de Jesus transpassado é o símbolo máximo do amor que se dá, se entrega é a imagem perfeita de Deus que é amor.
Aí bem juntinho do Coração de Jesus, sinta como Ele pulsa e por quem Ele pulsa... Vai contemplando cada gesto, cada atitude, cada palavra, cada um dos mistérios de sua vida terrestre. Jesus fez questão de revelar-nos a qualidade do seu amor.
“Mas vós quereis que a verdade esteja em mim e a sabedoria me ensinais na intimidade”
( Sl 51, 8 ).

2º Ponto: Venham para mim todos vocês que estão cansados de carregar o peso do seu fardo, e eu lhes darei descanso... e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração...

Jesus deseja aliviar a emoção do peso das mágoas... dos rancores... do ódio... dos complexos de inferioridade... dos sentimentos de culpa. Coloque para Jesus os fardos que você carrega... Aquilo que pesa... Converse com Ele ... Ele pode aliviar e ajudar você a carregar. Ele veio para nos ensinar a amar... a perdoar... Ele veio para que todos tenham vida e a tenham plenamente e não pedacinhos de vida.

Jesus tem um coração manso e humilde. Ele viveu conflitos, dificuldades, mas enfrentou-os com a disposição de coração que caracteriza os “mansos”. Enfrentou a força do mal, não fugiu para longe do mundo e dos problemas das pessoas. Jesus tem um coração manso porque se fez pequeno, escolheu o último lugar, pôs-se a serviço das pessoas e assumiu a atitude de escravo. Este é o jugo que ele propõe para os seus discípulos.
Mansa é a pessoa reta, justa, que embora ciente de seus limites, não se exalta, não se enfurece e não agride.
No Coração de Jesus não há lugar para os soberbos, para a empáfia, inveja, opressão, mando, auto-suficiência...
Aproveite este momento para confrontar com Jesus sua vida... a quantas andam sua humildade e mansidão... Suplique algumas vezes: “Jesus manso e humilde de coração fazei meu coração semelhante ao vosso”.

Recorde “saboreando internamente” as palavras ... as frases... procurando escutar o que Jesus lhe fala ao coração. Expresse ao Senhor também este desejo:

Senhor Jesus, concede-me por tua bondade, misericórdia e compaixão um coração manso e humilde parecido com o teu. Acolha-me na tua escola para que eu aprenda contigo a amar, a ser bondoso/a, a perdoar de coração, a não ser surdo/a ao grito dos irmãos, a construir a paz, a ter uma palavra de ânimo e incentivo aos tristes e desanimados, a cantar sempre as tuas maravilhas, mesmo que faça escuro em meu caminho. Amém!

Terminada a oração, faça o seu agradecimento e louvor ao Coração de Jesus pelos momentos passados em sua companhia, no seu Coração, pelas iluminações, luzes e graças experimentadas nesta oração e conclua rezando o Pai-Nosso.


Teresa Cristina Potrick, ISJ





segunda-feira, 1 de junho de 2009

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Tirando as sandálias


Tenda Viva
Ir. Teresa Cristina Potrick, ISJ

1. Tira as sandálias e os teus enfeites,
Santa é a terra em que estás.
Aí se revela a Trindade,
Aí se encontra a Paz!

Conheço-te pelo nome,
Tens todo o meu favor.
Minha face irá contigo,
Não temas, eu sou teu Senhor.

2. Com Moisés o Senhor se entretinha,
Face a face assim fala o amigo.
Escuta... dialoga... questiona,
Tenda é mistério, é dom, é abrigo!

3. Alarga o espaço da tua tenda,
Estende a lonas com destemor;
Solta as cordas, firma as estacas,
Acolhe o irmão com amor!

4. Se encarnando o Verbo de Deus,
Na terra Ele vem acampar;
Tenda viva que caminha,
Presente em todo lugar.

5. Vem comigo, Senhor caminhar,
Quero minha tenda alargar;
Crescer no amor-compromisso,
Em presença de luz transformar!

6. Tenda viva peregrina,
Também és tu que vais,
Com tua vida revelando,
O amor e a ternura do Pai!


Tendo do Encontro

"Tenda do Encontro", fazendo memória a Moisés, que levantou a tenda à alguma distância fora do Acampamento, e chamou-a " Tenda da Reunião".
Quem quisesse consultar o Senhor, dirigia-se à Tenda da Reunião, fora do Acampamento... Logo que Moisés acabava de entrar na Tenda, a coluna de nuvem descia e se punha à entrada da Tenda ( A nuvem representava a presença de Deus).

Na saída do Egito, o Senhor ia adiante do povo de Israel, de dia numa coluna de nuvem para o guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo para o alumiar. Na Tenda, o Senhor se entretinha com Moisés face a face, como um amigo fala com seu amigo.

Aí na Tenda, Moisés, conversava com Deus, expunha as suas dificuldades, dialogava, questionava, exigia, chegando mesmo, a ser ousado dizendo ao Senhor, caso ele não perdoasse o grande pecado do povo, que fez um "deus" de ouro, (bezerro), que apagasse o seu nome do livro que Deus havia escrito.

Moisés ainda disse ao Senhor: "Vós dizeis-me que faça subir o povo, mas não me fazeis saber quem haveis designado para acompanhar-me. E entretanto, disseste-me: Conheço-te pelo teu nome. O Senhor respondeu:- Minha face irá contigo, e serei o teu guia. - Se vossa face não vier conosco, disse Moisés, não nos façais partir deste lugar". E o Senhor respondeu: " o que pedes, fá-lo-ei; porque tens todo o meu favor, e conheço-te pelo teu nome" ( Ex 33, 17).

Se você desejar estar com o Senhor, venha... entre na "Tenda do Encontro" fora do Acampamento, longe dos ruídos, do barulho, de tanta coisa que impede de você se encontrar a sós, com Aquele que disse: "Tudo o que pedirdes ao meu Pai em meu nome, Ele vos concederá " ( Jo 15, 16).

Converse com Ele, conte-lhe suas mágoas, suas dificuldades, seus problemas, suas necessidades, suas esperanças e desejos. Agradeça-lhe o dom da vida, as alegrias, as coisas boas que vão acontecendo no seu dia-a-dia. Como Moisés, peça ao Senhor que sua face acompanhe seu caminhar, abençoando cada um de seus passos.
"Dentro da tua tenda conhecerás a paz, visitarás as tuas terras,
onde nada faltará " (Jó 5, 24).

Ir. Teresa Cristina Potrick, ISJ