terça-feira, 30 de dezembro de 2014





Feliz Ano Novo!

Mais uma etapa concluída, mais um ano que passou!
Que você tenha conseguido
aproveitar tudo de bom que Deus lhe ofereceu.

Desejo na paz de Deus
que você possa sempre
encontrar o seu caminho e que
este caminho seja trilhado com muita fé,
para que cada vez mais você possa acreditar 
nesse sentimento capaz de transpor obstáculos e ser feliz.

Coragem para assumir e enfrentar as dificuldades, 
perseverança para que jamais desista
ou desanime dos seus sonhos,
esperança para que a cada novo dia
possa a ver novos horizontes.

Que as mãos de Deus guiem sua vida 
para que essa transporte em paz, 
harmonia, saúde e alegria!...

É tudo que lhe desejo neste ano que está começando.

Você é especial! Feliz Ano Novo!

Desconheço o autor

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Espera viglante


Espera Vigilante
Advento é um dos tempos do Ano Litúrgico e pertence ao ciclo do Natal. Advento é uma palavra latina que deriva de advir e que significa chegada, vinda, começo. É o tempo de espera e preparação para a festa maior da cristandade: a comemoração do nascimento do grande Redentor da humanidade . É tempo de espera d’Aquele que há de vir.
            O Advento é um tempo de alegria, esperança, vigilância e conversão. O Advento é marcado pela atitude de “espera vigilante”, para que possamos captar todos os sinais que Deus vai nos revelando..
            A “vigilância” é o convite a estarmos preparadas (os) para acolher Jesus Cristo a qualquer momento e responder ao seu Projeto de diversas formas, conforme é solicitado.
               O verdadeiro espírito de Natal traz sentimentos: como a fraternidade, o amor, a compaixão, a solidariedade, a simplicidade, e não acontece nas cores e brilhos externos, mas no interior de cada um, de cada uma.
              Luzes, enfeites, presentes, mesa farta, festas, Papai Noel, o Natal de hoje se transformou num grande evento e, como as outras festas religiosas e tradicionais, tem cada vez mais se distanciado do seu verdadeiro significado. O que se vê é o materialismo e o consumismo tirando cada vez mais espaço da essência das festas anuais.
       O Advento prepara-nos para a luz e alegria do Natal – Deus no meio de nós.. Um fio condutor: presença de Deus.
As figuras do advento, presente nas leituras bíblicas, são: o profeta Isaías, João Batista, Maria e José.
a) ISAÍAS: 
           É o profeta da esperança para o povo de Deus. É o profeta que, durante os tempos difíceis do exílio do povo eleito, levava a consolação e a esperança. 
               Deus quer nos modelar (Isaías 63,16-17.19; 64,2-7).
              "O Deus que cuida de nós como oleiro. O profeta diz que Deus é um oleiro. O vaso que não permite ser modelado, infelizmente, tem que ser jogado fora. A palavra "barro", "oleiro" e "obra" estão no singular, porque Deus quer trabalhar com cada um pessoalmente". 

b) JOÃO BATISTA 
               É o último dos profetas e segundo o próprio Jesus, "mais que um profeta", "o maior entre os que nasceram de mulher", o mensageiro que veio diante d’Ele a fim de lhe preparar o caminho, anunciando a sua vinda (cf. Lc 7, 26 – 28), pregando aos povos a conversão, pelo conhecimento da salvação e perdão dos pecados (Lc 1, 76s).
              A figura de João Batista ao ser o precursor do Senhor e apontá-lo como presença já estabelecida no meio do povo, encarna todo o espírito do Advento; por isso ele ocupa um grande espaço na liturgia desse tempo, em especial no segundo e no terceiro domingo.
          João Batista é o modelo dos que são consagrados a Deus e que, no mundo de hoje, são chamados a serem profetas e as próprias profecias do reino, bem como as vozes no deserto e caminho que sinaliza para o Senhor, permitindo, na própria vida, o crescimento de Jesus e a diminuição de si mesmo, levando, por sua vez as pessoas a se despertarem do torpor do pecado.

c) MARIA, A MÃE DE JESUS
                 Não há melhor maneira de se viver o Advento que unindo-se a Maria como mãe, grávida de Jesus, esperando o seu nascimento. Assim como Deus precisou do "sim" de Maria, hoje, Ele também precisa do nosso "sim" para poder nascer e se manifestar no mundo; assim como Maria se "preparou" para o nascimento de Jesus, a começar pele renúncia e mudança de seus planos pessoais para sua vida inteira, nós precisamos nos preparar para vivenciar o Seu nascimento em nós mesmos e no mundo,

d) JOSÉ, ESPOSO DE MARIA
               Nos textos bíblicos do Advento, se destaca José, esposo de Maria, o homem justo e humilde que aceita a missão de ser o pai adotivo de Jesus. Ao ser da descendência de Davi e pai legal de Jesus, José tem um lugar especial na encarnação, permitindo que se cumpra em Jesus o título messiânico de "Filho de Davi".José é justo por causa de sua fé, modelo de fé dos que querem entrar em diálogo e comunhão com Deus.

            “Iniciemos nossa caminhada em preparação do Natal dispostos a nos deixar moldar por Deus como o barro nas mãos do oleiro... A liturgia nos faz forte apelo à vigilância, convida-nos a estar acordados e atentos, pois o Senhor vem nos visitar. Abramos a mente e o coração para acolher a graça e a paz que vêm da parte de Deus”!..
(Fontes diversas Internet)

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

O que Deus me pede




O que Deus me pede

Entregar no dia-a-dia
seu ser pecador
nos braços ternos do Deus Trindade
que me acompanha,
acolhe,
 perdoa e guia. 
Quero me deixar conduzir pelo seu amor
desde o sol nascer
até o dia declinar. 
Desejo que cada passo meu seja dado
no seguimento de Jesus,
peregrinando sempre com o peregrino Jesus.
Quem sou eu para você?
Eis a tua pergunta em cada etapa da vida.
Qual o sentido da cruz?
Símbolo do amor sem limites!
Amor que não foge,
não desanima,
 não pára
nem se deixa vencer. 
Amor que dá a vida,
amor comunhão,
presença amiga que faz vencer a tristeza,
enfrentar a injustiça
e transfigurar a morte...
Acredita em mim!
Segue-me!


Manuel Eduardo Iglesias, SJ

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Cantar o louvor pela misericórdia



Cantar o louvor pela Misericórdia

1. Prepare o seu coração para o encontro com a Trindade... Procure um lugar tranqüilo. Aquiete... Sua mente... Sua vontade... Seu coração... Respire lenta e profundamente algumas vezes. Invoque o Espírito Santo para que ele ilumine e conduza este momento de oração.
2. Pedido da graça: - Luz para reconhecer as marcas da ternura e amor de Deus ao longo da minha história, mesmo
Quando não fui fiel à sua aliança comigo.
3. Textos iluminativos:
·        Mc 10, 45-52 – Que queres que te faça?
·        Salmo 102 (103 - “ ... não esqueças nenhum de seus favores”.
O caminho é longo, fatigante. É próprio do caminheiro cair, ferir-se. O que importa é não permanecer sob o peso de nossos pecados... é preciso levantar-se e continuar o caminho até chegar à meta.
O ser humano está sujeito a quedas, a rupturas, a quebras, a buscas  em  outras  fontes  que  não  vivificam  a  Aliança, mas, pelo contrário, afastam–no  dela.
O Deus que se nos revela é a misericórdia que assume a nossa miséria. Alguém que é capaz de entrar no coração de uma pessoa que precisa de cura, que está em situação difícil e precisa de ajuda. 
O próprio Deus se comove com a miséria humana e vem ao encontro de pessoa, quando esta rompe a Aliança com Ele, para resgatar, dentro de seu coração, o selo do amor rasurado, borrado, sujo ou rasgado. Ele abre seus braços e espera a pessoa, para acolhê-la e banhá-la no manancial do seu amor: “Derramarei sobre vocês uma água pura, e vocês ficarão purificados  ( Ez 36, 25 – 27 ).
         O nosso coração necessita dialogar com Deus, superar o materialismo que nos escraviza e revestir-nos do amor que não tem fim.
O cego Bartimeu não ia nem para frente e nem para trás. Estava à margem. A passagem de Jesus foi alguma coisa na vida do cego. O encontro foi libertador. Ele lança fora a capa, levantando-se de um salto, vai para o Cristo.
 – Que queres que eu te faça ? – Senhor, que eu veja ! Eu quero o teu espírito. A presença de Jesus se tornava uma exigência de libertação para o cego. Por isso, nada mais o conteve: “Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!”
         Deus não me ama porque  sou “cheio/a de graça”, mas me ama para que eu o seja. Posso mudar. Ficar mudada/o porquê Deus me encontrou, me interpelou, porque o seu grande AMOR me modificou.
Com um coração agradecido, trace a linha histórica de sua vida. Procure identificar e contemplar o toque do AMOR DE DEUS.  Reconhecer nos anos de vida já passados, as marcas do AMOR de DEUS deixadas como rastros na areia de sua história.

Que o Senhor, ilumine nosso coração e mente e nos dê coragem de dar um mergulho de qualidade em nosso interior. .Ao ouvir a voz de Jesus: “Venha”!  Aproxime-se e deixe-se curar por Ele. Deixe-se tocar por Ele, por seu olhar, para poder ouvir a voz de Jesus que lhe diz: - Que queres que eu te faça ?

         E, ... o cego foi seguindo Jesus pelo caminho. Entrou agora em uma nova dimensão do Cristo: - Jesus, o Bom Pastor.

Fazer memória da oração:
· O que mais me tocou nesta oração?
· Que sentimento predominou em mim?
· Senti algum apelo, desejo, inspiração?
· Tive alguma dificuldade ou resistência?

      . Agradeça as marcas que o Senhor foi deixando em seu coração, louve, suplique, fale de sua vida... Reze um Pai-Nosso, Ave-Maria. Glória ao Pai ou Alma de Cristo. Renove sua fidelidade ao Senhor. Anote, brevemente, no seu caderno-Vida o que foi mais importante na sua oração.

        Teresa Cristina Potrick

domingo, 31 de agosto de 2014



É preciso amar e perdoar em plenitude!

Perdoar a quem te feriu é um escândalo ou motivo de chacota para muita gente, pois, aos olhos humanos, parece injustiça e fraqueza. Muito se fala em perdão, mas pouco se vive o perdão.
O perdão é sempre louvável quando acontece com os outros: o Papa João Paulo II perdoou o atirador, que lindo! O pai perdoou o assassino da filha, que lindo! Mas quando é com você a coisa é diferente:
Ah comigo não tem perdão; nunca mais quero ver aquele que me magoou; nunca mais chegará perto da minha casa ou da minha família; comigo é assim: se me trata bem eu trato bem, mas se me trata mal eu odeio.
E assim a pessoa torna-se cada vez mais escrava de suas próprias promessas, afinal como alguém que jurou publicamente que jamais perdoaria irá se “rebaixar”?
Contudo, passa cada vez mais a querer justificar a sua atitude de não perdoar: fui muito ofendida(o) e magoada(o). Supervaloriza a situação ao máximo: aumenta, distorce e mente, sempre com o intuito de conseguir a aprovação dos outros para aquela atitude errada. O pior é que essas pessoas sempre vão ao encontro de pessoas, que assim como elas, cultivam a falta de perdão e o rancor, pois na verdade elas não querem uma opinião verdadeira que as façam refletir, elas precisam ser aceitas, precisam da auto-afirmação de que estão certas, mesmo que isso seja mentira.
Se alguém diz algo contrário, elas simplesmente criticam ou se afastam da pessoa, porque não querem ouvir a verdade, preferem o que é mais agradável e sempre é mais agradável, humanamente falando, ouvir que estamos certos.
Essa é a primeira diferença de quem perdoa e de quem não perdoa. Quem perdoa está preocupado em agradar a Deus, quem não perdoa está preocupada em agradar a si mesmo e aos outros.
Outra diferença não é a situação vivida, nenhuma situação é igual a outra e nenhuma pessoa é igual a outra, a diferença fundamental é o amor! E ninguém é capaz de dar aquilo que não se tem. Só é capaz de amar quem está repleto de amor! Só é capaz de perdoar quem está repleto de perdão! Quem está repleto de amor, perdoa e quem está repleto de perdão, ama. Amor e Perdão andam juntos. Amor e Perdão não são como o óleo e o vinagre que não se misturam, o Amor e o Perdão se fundem. Quem acha que é capaz de amar sem perdoar ou de perdoar sem amar engana-se a si mesmo.
O Papa João Paulo II, o pai e tantos outros só foram capazes de perdoar porque estavam repletos de Deus e de amor, pois Deus é amor!(cf I Jo 4, 16) Perdoaram porque tinham o desejo sincero de seguir os passos de Cristo: 
“Este é o meu mandamento:
amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei”. ( Jo 15, 12)
Só quem vive do amor de Deus fonte de perdão e paz é capaz de perceber que perdoar é escolher não pagar na mesma moeda; é desejar o bem; é orar àquele que te feriu. O próprio Jesus nos ensinou isso: “Ora, eu vos digo: Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem”. (Mt 5,44)
Oração: 
Senhor, ensina-me a amar e perdoar;
Senhor, ensina-me a ser humilde;
Senhor, ensina-me a renunciar;
Senhor, ensina-me a seguir os teus passos com fidelidade.
Sim, Senhor, eu quero viver minha vida conforme a tua palavra;
Sim, Senhor, eu quero optar infinitamente pelo perdão e pelo amor;
Sim, Senhor, eu escolho a vida e não a morte.
Vem em meu auxílio, Senhor, pois sou fraco e pecador;
Tu és minha força, em ti desfaleço o meu viver;
Guia-me, Senhor, conforme a tua vontade. Amém!
Autor desconhecido



Deus é Pai

Quando o sol ainda não havia cessado seu brilho,
quando a tarde engolia aos poucos
as cores do dia e despejava sobre a terra
os primeiros retalhos de sombra
Eu vi que Deus veio assentar-se
perto do fogão de lenha da minha casa.

Chegou sem alarde, retirou o chapéu da cabeça
e buscou um copo de água no pote de barro
que ficava num lugar de sombra constante.

Ele tinha feições de homem feliz, realizado
parecia imerso na alegria que é própria
de quem cumpriu a sina do dia e que agora
recolhe a alegria cotidiana que lhe cabe.

Eu o olhava e pensava:
Como é bom ter Deus dentro de casa!
Como é bom viver essa hora da vida
em que tenho direito de  ter um Deus só pra mim.
Cair nos seus braços, bagunçar-lhe os cabelos,
puxar a caneta do seu bolso
e pedir que ele desenhasse um relógio
bem bonito no meu braço...

Mas aquele homem não era Deus,
aquele homem era meu pai.
E foi assim que eu descobri
que meu pai com o seu jeito finito de ser Deus
revela-me Deus
com seu
jeito infinito de ser homem.

Pe. Fábio de Melo


quarta-feira, 30 de julho de 2014


A Criação e o discernimento


O discernimento está na origem do homem, do ser humano. Deus querendo parceiros de amor e não marionetes ou robôs manipuláveis devia dotar o homem de liberdade. “Deus quer deixar ao homem o poder de discernir” (Eclo 15, 14), para que assim procure espontaneamente o seu Criador, a ele adira livremente e chegue à perfeição plena e feliz.
“Desde o princípio, Deus criou o homem e o entregou ao poder de suas próprias decisões”
(Eclo 15, 14).
O “livre-arbítrio” não é tanto o poder de escolher entre um vestido e outro, entre uma atividade e outra. Tudo isto  é superficial; na sua radicalidade o livre-arbítrio é o poder de escolher entre amar ou não amar; entre a vida ou morte; entre a bênção ou a maldição.
Deus quer a nossa felicidade e sabe que só a encontramos no caminho do amor. Indica-nos o caminho, mas nos deixa livres de trilhá-lo. Ele  nos criou por amor e para o amor. Se livremente respondermos ao seu amor, seremos plenamente realizados/as e felizes.
Santo Inácio foi uma pessoa de grandes desejos. Quando jovem, desejava fama, sucesso e até mesmo o amor de uma mulher nobre. Depois da conversão, seu grande desejo era estar com Cristo e fazer tudo para a Maior Glória de Deus.
Santo Inácio matriculou-se na escola de Deus, deixou-se conduzir por ele e tornou-se o “grande mestre do discernimento”. O Deus de Jesus Cristo é o único que nos dá horizontes para classificar nossas “moções”.
O discernimento é o núcleo central da espiritualidade inaciana. Para sermos fiéis à vontade de Deus é necessário uma constante atitude de discernimento... O que é discernimento?
“Discernimento é a ousadia de deixar-se conduzir pelo Espírito. É perceber, distinguir a voz de Deus no meio de um coro de vozes”. É estar muito atento/a às vozes interiores e exteriores que nos cercam e sobretudo às vozes que gritam no nosso interior. Dentro de nós estão presentes duas forças que se digladiam, duas correntes contrárias.
O discernimento desvela para mim o papel do Bom Espírito (BE), o comportamento do Mau Espírito (ME) e a  minha própria liberdade. Os espíritos (BE e ME), contudo, se manifestam  em forças ou impulsos -  de um lado e em expressões ou veículos – de outro. Denominamos esses impulsos, iluminações, cliques, “moções” quando nos vêm do BE  e “artifícios “ ou “tretas”  quando nos vêm do ME. A palavra ”moção” vem do latim ”movere” que significa mover. As moções que vêm do BE me levam para Deus e ao  seu Reino. As moções do BE me levam a fazer o bem, vêm da ação da graça. Contrariamente, tudo o que me afasta de Deus e do seu Reino vêm do ME, mau espírito, é denominado “artifício” ou “treta”; são armadilhas, tentações, que me levam a fazer o mal, portanto me afastam de Deus.
As “moções espirituais” vêm ao meu coração, à minha mente, independente do meu querer, vêm de fora.
Os impulsos se exprimem em dois estados básicos: a consolação e a desolação. Os Exercícios Espirituais de Santo Inácio nos ensinam que discernir supõe, num primeiro momento, prestar atenção e saber “dizer” qual é o meu estado espiritual. O que estou sentindo? ( Não o que estou pensando...) consolação ou desolação...
Consolação : - Há consolação quando se experimentam os movimentos interiores por meio dos quais nos sentimos plenos de amor pelo Senhor, quando temos desejos fortes e lágrimas pelas coisas de Deus ou dirigidas para a construção do Reino. Todo o aumento de fé, de esperança e de amor é consolação, o mesmo ocorrendo com toda a alegria interior.
Desolação – Há desolação quando ocorre o contrário: obscuridade, perturbação, inclinação para as coisas do espírito deste mundo... Inquietação... Movimentos de desconfiança e de perda de esperança; sensação de fraqueza e de tristeza; sentimentos de separação de Deus.
Duas perguntas podem ajudar no discernimento:
- O que experimento ( o que estou sentindo?)  A chave de leitura não é o pensamento e sim o sentimento.
-  Aonde isto me leva?
   Me leva para Deus ou me afasta?
O discernimento torna a pessoa livre interiormente... não se aprisiona à sua realização pessoal.
·         Qual é o referencial de minha vida?
·         Gosto ou não gosto? Isto não me realiza...
É importante o conhecer-se interiormente... Quais são as minhas feridas, o
 “ meu sentir ferido”... O processo de “libertação interior” é muito lento... Os condicionamentos estão ligados às moções, desolações e apegos... Fácil é perceber as moções; o difícil é perceber os artifícios, os impulsos do mau espírito ( ME).
         A realização pessoal no discernimento é conseqüência... Muitas vezes apela-se tanto para a realização pessoal e isto faz com que se passe à margem do Plano de Deus. Não sei se o chamado de Deus leva à realização pessoal? Leva sim, mas em outro nível. Na vida espiritual é muito importante  saber distinguir claramente o que é um
”estado espiritual” em contraste com um estado fisiológico ( a dor, por exemplo) ou  psíquico( depressão, ansiedade, etc).
 
 Ir. Teresa Cristina Potrick, ISJ

Orvalho da alegria



                
Orvalho da alegria
Quando você estiver triste e nada mais restar em seu coração
Me dê a mão e vamos caminhar.
Um jardim especial eu vou lhe mostrar,
Caminhe comigo, erga a fronte,
Levante a cabeça,
Verá o horizonte,
A vida é bela,
Não se esqueça!
Se os pés doem, as pedras machucam,
Troque os sapatos,
Os fortes não desistem,
Buscam alternativas,
Sempre lutam!
Caminhe comigo, respire fundo,
Sinta o cheirinho bom do mato,
Confie no mundo!
Venha, você é meu amigo!
A amizade encoraja!
Amigo querido!
A caminhada é longa,
Mas você não está sozinho,
O jardim será seu refúgio,
Seu abrigo...
Venha comigo!

Autor desconhecido

segunda-feira, 30 de junho de 2014


Essencial


" Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. 
Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas.
As primeiras, ele chupou displicente, 
mas percebendo que faltavam poucas, rói o caroço. 
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. 
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. 
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram,
cobiçando seus lugares, talentos e sorte. 
Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos. 
Já não tenho tempo para conversas intermináveis
para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias
que nem fazem parte da minha. 
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas que,
apesar da idade cronológica, são imaturas. 
Detesto fazer acareação de desafetos
que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral
do coral ou semelhante bobagem, seja ela qual for. 
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, 
quero a essência, minha alma tem pressa... 
Sem muitas jabuticabas na bacia,
quero viver ao lado de gente humana, muito humana;
que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, 
não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade, 
defende a dignidade dos marginalizados, e
deseja tão somente andar ao lado de Deus. 
Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade,
desfrutar desse amor absolutamente sem fraudes,
nunca será perda de tempo.
O essencial faz a vida valer a pena.
Basta o essencial!" 

Rubens Alves



quinta-feira, 26 de junho de 2014

Oração do século XXI



Oração do século XXI



Senhor, faz de mim um meio da tua comunicação,
- Onde tantos lançam bombas de destruição,
que eu leve a palavra de união.
- Onde tantos procuram ser servidos,
que eu leve a alegria de servir.
- Onde tantos fecham a mão para atacar,
que eu abra o coração para acolher.
- Onde tantos adoram a máquina,
que eu saiba humanizar a pessoa.
- Onde tantos endeusam a técnica,
que eu leve o sentido de viver.
- Onde tantos me pedem um peixe,
que eu saiba ensinar a pescar.
- Onde tantos me pedem pão,
que eu saiba ensinar a plantar.
- Onde tantos estão sempre distantes,
que eu seja alguém sempre presente.
- Onde tantos só vivem a matéria que passa,
que eu viva o espírito que fica.
- Onde tantos sofrem a solidão na multidão,
que eu leve o encontro com alguém.
- Onde tantos olham só para a terra,
que eu saiba olhar para o céu.
- Onde tantos se prendem a pequenas coisas,
que eu saiba apontar coisas maiores. 
Autor desconhecido

domingo, 11 de maio de 2014

O Senhor é meu Pastor


O Senhor é meu Pastor

O Senhor é meu pastor;
em cada momento nada me fala.

Em verdíssimas pastagens me convida a repousar
em plácidas nascentes sacia a minha sede.

Ele é força para a minha alma;
em caminhos planos e retos me conduz
porque ele é fiel ao seu santo nome.

Seguindo os seus passos
sinto-me seguro.

Embora eu caminhe em vale tenebroso,
de nada terei medo,
porque junto a mim tu estás!

Teu bastão e teu cajado me deixam bem tranqüilo.

Uma mesa bem farta para mim tu preparas,
bem debaixo dos olhos dos teus inimigos.

Com o teu óleo perfumas a minha cabeça
e meu corpo transborda de alegria e me embriaga.
Felicidade e amor são meus companheiros;
até que não termine a minha vida
eu permanecerei na casa do meu Deus,
todos os dias que ele me concede.

Ninguém pode atravessar sozinho o deserto da vida. Muitos vales tenebrosos e inimigos esperam nas encruzilhadas para nos derrotar. Caminhemos com passo certo, sempre rumo ao encontro do Senhor, que sempre caminha na nossa frente!...


(Do livro: “Eu te amo: Não tenhas medo” – Frei Patrício Sciadini, O.C.D.


quinta-feira, 8 de maio de 2014

Fica comigo



Fica comigo, ó Virgem Maria

Fica comigo, ó Virgem Maria,
quando o medo visita a minha casa,
quando o cansaço paira sobre o meu débil corpo,
quando o coração não sabe pronunciar
uma palavra de amor
e parece fonte seca
e terra árida donde
não brota sinal de vida;
quando a inteligência se revolta diante do mistério,
 não querendo aceitar
o que não compreende;
quando falar de Deus, rezar, amar,
perdoar, ser disponível
são verbos que repugnam
a minha sensibilidade
agitada pelo mal;
quando a tempestade da indecisão
tomar conta de mim;
quando... quando... quando...
quando quero deixar o lugar
que Deus me confiou
para ficar no lugar revestido do meu “eu”
e despido do nosso Deus.
Fica comigo, ó Virgem do Amor!

Do Livro: ( Eu te amo: Não tenhas medo
-  Frei Patrício Sciadini, O.C.D. )





quarta-feira, 9 de abril de 2014

São José, pai de família


São José, pai de família

           
       São José é muitas vezes representando como um homem idoso; isto, certamente porque se desejasse que fosse um ancião cheio de bondade e de santidade, um ancião
que inspirasse muita simpatia.
Outros imaginam que José seria mais guardião e protetor de Maria do que esposo; um patriarca velho e com cãs e barbas brancas, segurando o menino Jesus num braço e o ramo de lírio no outro, para simbolizar sua castidade.
         Podemos também recusar a  idéia de dar um verdadeiro pai a Jesus , como se a criança não pudesse crescer e se desenvolver senão ao contato com a sabedoria de ancião...
         Os evangelhos nada falam a respeito de idade, podemos admitir que José  ao unir sua vida à Maria, tinha a idade de outros jovens que se comprometiam com o noivado.
         José possuía sobretudo a juventude da alma; possuía uma personalidade jovem. Foi um homem de firmes resoluções e valentes determinações. Representava para Maria todo o apoio e segurança que uma mulher pede e necessita de seu esposo.
         Foi um homem de caráter que, quando sua família corria perigo, não titubeou um momento de despertá-la à meia noite para levá-la a um pais desconhecido, de idioma e cultura diferentes. Nada o detinha quando descobria o plano de Deus
         José corre o risco da maledicência ao assumir Maria, sua noiva, já grávida pelo Espírito Santo. Tem a coragem de ser alternativo e leva-a para sua casa (cf Mt 1, 24).
Assume as funções próprias de pai que presta assistência no nascimento, que toma a iniciativa de fugir para o Egito e escolhe o momento de voltar; que junto com a esposa faz o que todo o pai-educador fazia  com referência aos deveres religiosos; que se preocupa com a perda do filho. Todas essas coisas têm a ver com um pai, engajado seriamente em sua missão familiar do que com um simples protetor e um zeloso provedor.
Com referência às barbas e cãs brancas e à sua idade: os evangelhos, não dão nenhuma pista que possa sugerir a idade de José.
Os evangelhos não relutam em chamar José esposo de Maria e Maria esposa de José. O filho de Maria torna-se também filho de José. Por isso, os evangelhos o reconhecem como o filho de José, o carpinteiro de quem aprendeu a profissão, pois o chamavam também de carpinteiro.
Eles formavam uma família constituída que está toda presente e unida por ocasião do nascimento de Jesus; que conheceu os medos de uma perseguição mortal por parte de Herodes, que queria sacrificar os meninos da região de Belém, onde nasceu Jesus; que passaram juntos pelas agruras de uma fuga apressada para o Egito; que depois voltaram de lá e foram se esconder em Nazaré, porque Arquelau, filho de Herodes, que reinava na Judéia e era tão sanguinário como o pai e poderia querer ainda matar o menino Jesus.
Nesta pequena vila, como todos os pais piedosos, fazem, também eles  os ritos da purificação, da circuncisão e da apresentação no Templo, iniciam o filho nas festas sagradas e, juntos, se afligem quando o Menino de 12 anos em lugar de voltar a Nazaré se detém no Templo entre os doutores.
Pensando nos elementos todos que perfazem uma vida a dois, especialmente o mútuo compromisso e a responsabilidade compartilhada, Maria e José formam uma autêntica família.
Nas famílias judaicas, a autoridade do pai era marcante. O próprio Deus atribuiu a José a autoridade no seu lar.
A humildade de José o levava a exercer a autoridade com grande delicadeza e bondade. José tinha profundo respeito à sua esposa e ao mesmo tempo pela personalidade em formação de Jesus. Nas decisões a serem tomadas, sua primeira preocupação era: levar em conta sua maneira ver.
José exercia sua autoridade como expressão de amor que unia sua pequena comunidade. Longe de exercer o poder da autoridade de maneira além dos limites, de modo imperativo, tirânico... o que é um perigo  deixar-se levar pelo amor-próprio, que deseja submeter os outros; a sede de dominação é um instinto que trabalha vivamente no ser humano.
Por esta razão todo o chefe precisa estar atento, vigilante, e não querer agir  a não ser por amor, a atitude de representante de Deus. Assim que José agia. Tinha consciência de sua missão como representante do Pai Celeste, e nada mais que isto.
José por seu grande amor é modelo dos pais de família. Que ele faça também compreender a todos aqueles que receberam de Deus  a missão de exercer a autoridade, que o façam no sentido verdadeiro deste dom,  exercendo com responsabilidade firme, mas plena de bondade e grande humildade.
          Ir. Teresa Cristina Potrick, ISJ

quinta-feira, 13 de março de 2014

Deslocamento dos "falsos senhores"


Deslocamento dos “ falsos senhores”

Mais uma vez é Quaresma e mais uma vez ressoa em nós o forte apelo à conversão. É um tempo forte de reconstrução de novas relações: consigo mesmo, com os outros, com a criação e com o Criador.

Quaresma é um tempo para dar um mergulho em  nossas raízes – Deus. É um tempo de deixar-nos olhar por Deus para com ele aprendermos a olhar cada pessoa com os olhos misericordiosos do Pai.
Orar é mergulhar e desejar ser visto por Ele  até o mais profundo do nosso ser.
A verdadeira oração começará no dia em que descobrimos esse olhar de amor, mas é necessário que Deus ilumine os olhos do nosso coração. Só assim começará um deslocamento dos “falsos senhores” que habitam o nosso coração, deixando espaço interior para a presença e ação do “verdadeiro Senhor”.

Muitas vezes, queremos ser como Deus, e vigiamos receosos para ficarmos com a nossa grandeza e prepotência. Quem experimenta Deus dentro de si, esse não precisa agarrar-se a si mesmo. Vai aos poucos fazendo o êxodo de seu centro, alargando os horizontes.

Quem é capaz de olhar o próprio interior, sensibiliza-se para olhar de modo diferente a realidade que o cerca. Com o olhar podemos transformar uma pessoa destruí-la ou reconstruí-la, aniquilá-la ou fazê-la renascer, restituí-la a si mesma e ao futuro ou afundá-la no seu passado.
O lema da Campanha da Fraternidade deste ano é:
          “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5, 1 ).
            A verdade que nos liberta é a realidade divina.  Muitos fogem de si mesmos a vida inteira; isto, porque têm medo da própria verdade, fizeram-se escravos da própria atividade. Somente nos tornaremos livres se enfrentarmos a nossa própria verdade... Naturalmente, isso é doloroso no início... é preciso de uma boa dose de fé e da graça de Deus.

Reconhecer tantas coisas que reprimimos ao longo dos anos, onde fechamos os olhos porque a realidade não é como gostaríamos. Somente poderemos enfrentar a própria verdade sem medo, se acreditamos que tudo o que há em nós está envolto no amor de Deus.

Um bom aprendizado é o “Lava-pés”... Em sua encarnação e em seu morrer na Cruz, Jesus se inclina até o pó dessa terra, até os pés, até nosso ponto vulnerável, até as áreas desprotegidas de nosso ser, para ali nos tocar e nos purificar.

Na fé em Cristo Jesus a luz resplandecerá em minhas trevas, para que o amor de Deus habite também nos abismos de meu coração.

No silêncio e na escuta, deixe  ecoar  dentro de você  as perguntas:  A partir de onde você   olha? Como olha? Qual é seu referencial? Em que e onde estão fixos seus olhos?
Só podemos “ ver a face de Deus” deixando-nos iluminar pela luz dos seus olhos”. Na vossa luz é que veremos a luz” (Sl 35, 10).

Peçamos a Jesus a graça de olhar as pessoas, fatos, acontecimentos, coisas e o mundo, com o olhar de Deus Pai, um olhar terno e misericordioso.

   Reelaborado por: -  Ir. Teresa Cristina Potrick, ISJ