domingo, 4 de setembro de 2011

Eu te estabeleci como vigia



1. – Preparar o encontro: Entre em seu “espaço sagrado”, esse tempo é totalmente seu e não pode ser atrapalhado por ninguém. Aí você está em contato consigo mesmo e com Deus, com a dimensão sagrada dentro de você. Aquiete seu coração e sua mente. Neste tempo em que você está conectado consigo mesmo (a) e com Deus, lhe faz bem... Traga para a oração sua comunidade, alguma pessoa que seja necessário apontar algum erro. Invoque o Espírito Santo, que ele ilumine e conduza este seu momento de oração.

2. Pedido da graça: - Que o Senhor revista meu coração e minha mente com seus olhos e coloque na minha boca as palavras revestidas de amor ao apontar alguma falha de alguém.

Texto: Ez 33, 7 – 9. Leia lentamente algumas vezes o texto, parando, escutando e saboreado as palavras que mais lhe tocarem.

a) Assim diz o Senhor: “Quanto a ti, filho do homem, eu te estabeleci como vigia para a casa de Israel”...
Vigiar = passar a noite sem dormir; sentinela; guarda; prontidão; alerta.
“Eu te estabeleci vigia...” Deus delega a mim a responsabilidade de ajudar meu irmão, de fazer a correção fraterna quando necessária, não contudo para apontar, condenar, criticar, recriminar, mas para estender-lhe a mão, para dar-lhe um suporte...

A palavra do Senhor é forte, incisiva. Ele não me pergunta se eu quero, mas diz: “Eu te estabeleci como vigia”. O Senhor nos dá uma grande responsabilidade... Uma coisa bastante difícil para o ser humano, sobretudo nos dias de hoje, é aceitar que alguém lhe aponte suas falhas e limitações. Geralmente, quando nos surpreendemos no erro, de imediato nos desculpamos e acusamos os outros como culpados.

Enquanto acusamos os outros, usamos a dinâmica do paraíso terrestre e não assumimos a nossa culpa, não teremos paz, não crescemos espiritualmente, pois nos relacionamos com os outros como adversários e não como irmãos.

b) “Logo que ouvires alguma palavra de minha boca, tu deves advertir em meu nome... “.
Jesus disse: “Se teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, mas em particular, a sós contigo”! Se ele te ouvir, tu ganharás o teu irmão”.
O verdadeiro amor, o perdão autêntico, não deixa as pessoas no erro. Amar um irmão implica em ajudá-lo a crescer em todos os níveis e em todas as dimensões; implica desejar “ganhar o irmão” para a comunidade.
Corrigir é obra de amor, nunca é extinguir energias ou sufocar entusiasmos. A Igreja é formada não só de pessoas santas, mas também de membros pecadores.

c) A carta de São Paulo aos Cl 3, 12-14 nos ajuda nesta tarefa dando dicas para o nosso proceder.
“Como escolhidos de Deus, santos e amados, vistam-se de sentimentos de compaixão, bondade, humildade, mansidão, paciência. Suportem-se uns aos outros e se perdoem mutuamente, sempre que tiverem queixa contra alguém. Cada um perdoe o outro, do mesmo modo que o Senhor perdoou vocês. E acima de tudo, vistam-se com o amor, que é o laço da perfeição. Que a paz de Cristo reine no coração de vocês.

Converse com Jesus... Peça um coração manso e humilde como o dele; que ele lhe ensine como se achegar, como falar, o que falar, como ajudar as pessoas a fim de que possam fazer o Reino de Deus acontecer...

Terminada a oração, reveja brevemente como se saiu nela, perguntando-se:
• O que mais me tocou nesta oração?
• Que sentimento predominou em mim?
• Senti algum apelo, desejo, inspiração?
• Tive alguma dificuldade ou resistência?

Agradeça ao Senhor as iluminações e toques recebidos e percebidos durante esta sua experiência de oração, renove sua fidelidade a Jesus. Reze um Pai-Nosso ou outra oração que você goste; registre no seu caderno-vida aquilo que ficou mais forte em seu coração.

Ir. Teresa Cristina Potrick,ISJ