domingo, 30 de junho de 2013

Por Damasco em direção à Vida

Paulo é exemplo de pessoa em busca do ideal. Ele tinha ideal, mas  falso. Há sempre uma ponta de ilusão, na busca da felicidade. Paulo de Tarso falhou nesta busca...



À procura de mais cristãos, a fim de exterminá-los, Saulo dirigiu-se a Damasco, na Síria. Antes de chegar na cidade, um acontecimento inesperado vai mudar o rumo de sua existência. Cristo deteve-o e pergunta: “Saulo, Saulo,  por que me persegues? O fato que tudo mudou aquela vida é narrado nos Atos dos apóstolos( At 9, 1 – 25 ).
Respirando ainda ameaças e morte contra os discípulos do Senhor, Saulo ia a Damasco prender cristãos. Já perto da cidade, viu-se jogado por terra e, sem ver ninguém, uma voz disse: Saulo, Saulo, por que me persegues? Era a voz do próprio Cristo que o escolhera para ser seu apóstolo. Aquele encontro iluminou e transformou-lhe a vida.
         Cristo precisava essa vigorosa personalidade. Rica de qualidades humanas, misto de cultura grega, judaica e romana. E Saulo passou a ser São Paulo, o maior  apóstolo de Jesus Cristo.
         Paulo de Tarso é certamente uma figura impressionante. De personalidade rica, temperamento apaixonado, impulsivo, colérico, religioso no melhor estilo da época, pois era fariseu. Sincero, inteligente, mas angustiado, insatisfeito com o que fazia. Nunca teria pensado que sua vida iria mudar tão profundamente, naquele encontro com Cristo.
         O encontro dos dois judeus foi violento mas fez dois amigos inseparáveis, Saulo odiava Jesus de Nazaré, sua doutrina e seus seguidores, mas a sinceridade permitiu-lhe transformar-se apenas  viu brilhar a verdade em Cristo. A partir daquele momento Cristo, seu ideal, seu tipo de vida, passou a ser a mais forte paixão de Paulo. Ele se gloriava de ser “servo e apóstolo de Jesus Cristo”. Assim ele começa todas as cartas 
( epístolas ) aos cristãos da época.
         Quando Cristo entra numa vida. Ilumina-a por dentro, toca-a profundamente.
Enche o coração do ser humano. Faz-lhe esquecer o passado para lançar-se em frente, em busca de ideal sempre mais alto (Fl 3, 7 -14 ). Hoje também há homens e mulheres que fazem a experiência de Damasco.
         Damasco é o caminho da vida, o caminho do encontro, o caminho de todas as pessoas em busca de Deus.
         Pode-se afirmar, hoje, que sem Paulo o mundo seria diferente. Eu acredito que nem eu, nem você conhecemos sua importância para Cristo. Ele precisa de você para transformar o mundo. Eliminar a injustiça, criar mais amor, colocar a verdade no lugar da mentira. Como precisou de Paulo de Tarso.
         Damasco é o caminho da vida das pessoas que encontraram Cristo e por ele se apaixonaram e lutam pelo seu tipo de vida singular.

São pessoas marcadas pela luz, pelas cores da luz de Cristo.
Apaixonadas por Ele,  como Paulo de Tarso.


(Extraído do Livro: “A vida tem a cor que você pinta” – Mario Bonatti)

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Algemas do despreparo

               ALGEMAS DO DESPREPARO


       Aprenda a ver os desafios com um "olhar" de crescimento, não os transforme em prisões que impedem o seu desenvolvimento pessoal

O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você. ( Mario Quintana)

É incrível a capacidade humana de frustrar-se com as situações, das menores contrariedades aos grandes problemas conseguimos extrair algum tipo de lamentação. Em outras espécies animais, uma dificuldade encontrada é apenas mais um obstáculo a ser enfrentado, entre tantos outros na luta pela sobrevivência.

Isso ocorre, por que nós humanos costumamos nutrir um elevado nível de expectativa em torno das pessoas e dos fatos. Sempre esperamos que o outro seja simpático e cooperativo ou, que os nossos projetos na vida atinjam excelentes patamares de sucesso e reconhecimento.
 No entanto, quando a realidade chega e temos que lidar com o que de fato as pessoas são e as situações nos devolvem, nem sempre recebemos o esperado.

Com isso surgem as frustrações que não deveriam ser tão conflitantes, mas sim, construtivas experiências de vida. Só que elas nos abatem, nos fazem muitas vezes crer que a vida não é lá essas coisas, que o mundo não nos valoriza! E por quê? Porque nós também alimentamos um elevado nível de expectativas em relação a nós mesmos, não conseguimos lidar com a nossa própria humanidade, com as nossas limitações.

Assim, criamos um ciclo vicioso de imaturidade. Por exemplo, é bastante comum ouvirmos pessoas dizerem que quando estão muito ansiosas comem mais ou, quando estão muito nervosas com alguma situação no trabalho, acabam extravasando em outros profissionais o seu descontrole. Nessa hora surge o mesmo raciocínio das pessoas que vão em liquidações: “Já que está barato, vou levar mais esse produto”, ou seja, “já que algo deu errado que se dane! Vou comer, vou brigar, vou me descontrolar, já que está tudo uma porcaria mesmo!”

Nesse exato momento você se torna refém de você mesmo, da sua insanidade, da sua incapacidade de crescer e enfrentar as vicissitudes de frente. Assim, somos algemados por nós mesmos, deixamos de atrair o que desejamos e passamos a atrair o que está em sintonia com o nosso próprio desequilíbrio.

E assim, recitando uma vez mais o genial Mário Quintana, narro mais um pensamento seu: “Esta vida é uma estranha hospedaria, de onde se parte quase sempre às tontas, pois nunca as nossas malas estão prontas e a nossa conta nunca está em dia.”

Portanto, cuide bem do seu momento atual, procure deixar as suas malas repletas de utensílios importantes, cuide porém para não levar bagagem extra, como situações ou conflitos mal resolvidos . Viva, não lamente. Até a próxima semana.

                                                                      Lígia Guerra