quarta-feira, 18 de abril de 2012

Não enfrenteis o malvado



Texto: MT 5, 23 24.
“Se estiveres, pois para apresentar a tua oferta no altar, e aí te lembrares que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa a tua oferta aí diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; depois vem e faze a tua oferta”...

1. Exigência do Evangelho: -
Não se trata de justificar se tenho ou não razão, se estou certo ou errado... A exigência evangélica é radical... “Se teu irmão tem algo contra ti... deixa tua oferta diante do altar e vai fazer a reconciliação”.
Sem este gesto, o Senhor nos ensina que Ele não pode acolher-nos à sua mesa; que a Eucaristia nasce do amor com que Ele amou todos os seus que estavam no mundo e com o qual os ama até o fim (Jo 13, 1).

2. “Vai reconcialiar-te”... :
O Senhor não convida nenhuma das partes a evitar simplesmente as tensões e os conflitos, mas a defrontá-los e a superá-los no espírito de verdadeira reconciliação, já na sua ação criadora, Deus oferece um fundamento das diferenças e diversidades dos seres. A narrativa da criação insiste muito sobre esta obra divina que separa a luz das trevas, o dia da noite, o homem da mulher, os gêneros e as espécies. No vértice da escala dos seres criados e da sua diferença, Deus colocou o ser humano, único e irrepetível, criado “à sua imagem e semelhança”.

Nestas diferenças que são a nossa riqueza, situam-se nossos conflitos e tensões. Contudo, o ser humano serve-se de todas as diferenças de raça, cultura, educação, sexo e temperamento – para convertê-las em outras tantas formas de ódio, raiva, rancor, desamor, falta de perdão.

3. “Eu, porém vos digo: não enfrenteis o malvado!”
É fácil perceber o mal, “o malvado” distante de nós, no outro, , na sociedade no mundo... No entanto, o mal existe dentro de nós, no nosso coração... É daí que sai toda espécie de maldade.

Se por um lado temos nossas diferenças, por outro temos a grande variedade de “carismas”, isto é, de dons, que no dinamismo e na luz do Espírito Santo podem ser explorados construindo assim, a fraternidade, a comunhão e a paz...( I Cor, 12, 14 ).

Que tal partirmos para fazer a “diferença ”?
“Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração”...
Se você for afetado(a) por palavras, incompreensões, gestos, ou atitudes maldosas, agressivas, lembre-se das palavras de Jesus: “Não enfrenteis o malvado”. Não revide, não devolva na mesma moeda, não coloque mais lenha na fogueira... Faça silêncio... não se coloque à altura do que recebeu... O Pai que conhece a fundo o seu coração, dar-lhe-á a recompensa.
Autor desconhecido