segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Boas Festas






Meus caros amigos e amigas do Blog da Tenda

Desejo-lhe com carinho o espírito do Natal
que é a PAZ.
A alegria do Natal
que é a ESPERANÇA.
O coração do Natal
que é o AMOR.
E tudo isso se faça VIDA dentro de sua vida,
Hoje, amanhã e sempre!...
Sempre é Natal onde nasce e renasce
 a PAZ,
a ESPERANÇA,
e o AMOR.
Feliz Natal e abençoado Ano Novo
para você, seus familiares e amigos.
Com um abraço amigo,

Ir. Teresa Cristina Potrick, ISJ 

                                                                            Natal/ 2013!

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Um dia você acorda




Um dia você acorda


Um dia você acorda
" E um dia você acorda e sente que não está feliz como deveria ...
Nada vai tão mal que mereça estragar seu dia...
O que será ?!
Esqueci do que??
Esqueci de alimentar meu espírito, de dar água para minha alma, de dar carinho aos meus sonhos ...
Então parei!
Parei para cuidar de mim.
Refletir, contemplar e silenciando minha agitação, me vi em oração.
Agradeci a Deus por minha vida, minha família e por você que é meu amigo/a;
por todas as minhas oportunidades e todas as pedras que me surgiram no caminho e me fizeram ir além ....
Agradeci estar viva e poder sentir ...
Equilibrei meus medos, revi meus atos, melhorei meu sorriso.
Percebi então que há muito mais a agradecer do que pedir,
mesmo assim pedi...
E agradeci pela Família abençoada que tenho,
pelos amigos silenciosos,
as amizades distantes e presentes, e
pelos obstáculos que ultrapassei.
Pedi a Deus que cuide de todos nós,
nossos desejos e necessidades; nossos sonhos e dificuldades ...
Do fundo do meu coração, obrigada, Senhor, por tudo!
                                         Carla Ruiz

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Derrubando muros




Derrubando muros

         Estamos chegando ao final de mais um ano litúrgico. Assim como temos o ano civil que se inicia em 01 de janeiro e termina em 31 de dezembro, a Igreja tem o seu ano litúrgico cujo inicio e término não coincidem com o ano civil.
As festas cristãs foram surgindo paulatinamente através dos séculos. Estas festas nasceram de um desejo da Igreja Católica de aprofundar os diversos momentos da vida de Cristo.
Ano litúrgico é o período de 12 meses, dividido em tempos litúrgicos, onde se celebram como memorial, os mistérios da vida de Cristo, assim como a memória dos Santos.
O Advento tem início no domingo mais próximo à festa de Santo André, 30 de novembro.O Advento é um tempo de mudança e oração com Cristo.; é recordar a Cristo que nasceu em Belém e virá novamente como Rei no final dos tempos.
O tempo do advento nos convida a uma mudança de mentalidade e de atitudes, a “sair dos próprios muros”, a remover as pedras que foram soterrando a vida dentro de nós, a derrubar as muralhas que cercam o nosso coração.
Ao falar da destruição do Templo de Jerusalém, Jesus se referia a destruir dentro de cada um (a) de nós todos os sinais de morte que carregamos dentro de nós: a vaidade, o orgulho, a prepotência, a vanglória, o egoísmo, o fechamento, a falta de perdão.
Há muita gente encerrada em seus próprios muros... pessoas fechadas em si mesmas, em seus interesses, vivendo um universo de egoísmo e exclusão.
Quais as muralhas que vou destruir em mim neste Advento? Quais as pedras que devo remover e que estão cercando o meu coração? Essas muralhas me afastam dos outros e de Deus.  É isto que sou convidado (a)  a fazer : Destruir o templo de Jerusalém da minha solidão, fechamento, angústia, alienação, indiferença, rancor, ódio, medo e insegurança. Tudo isso impede a entrada do sol e da brisa da manhã.
É sobre as cinzas dos nossos “entulhos”, isto  é,  de nossas misérias, limitações, orgulho e prepotência que o Reino de Deus plantará suas raízes.É preciso romper todas estas muralhas para que a vida brote, pois há uma força que quer romper a casca, abrir-se e transbordar numa explosão multiplicadora de Vida.
A vida habita em nós. Somos “Templos Vivos” do Espírito Santo. Para encontrar Jesus neste Natal, é preciso “sair”... É inútil permanecer nos templos. Em Jesus acontece algo totalmente Novo. Ele traz uma nova maneira de viver que não cabe nos nossos esquemas, é preciso mudança de mente, de coração, de esperanças e paradigmas..
Sair da reclusão do nosso mundo para entrar na grande “casa” de Deus; romper com o tradicional para acolher a surpresa; deixar a “margem conhecida” para vislumbrar o “outro lado”; afastar a “pedra” da entrada do nosso coração para viver segundo os critérios de Jesus Cristo.
Que neste ADVENTO,  o Senhor nos conceda a graça de sair dos nossos muros,
remover as pedras que soterram a vida dentro de nós,  derrubar as muralhas que cercam o nosso coração...  para que a vida possa borbulhar plenamente dentro e fora de nós.
                                                  
 Reelaborado : - Ir. Teresa Cristina Potrick, ISJ


        


sexta-feira, 25 de outubro de 2013

A bagagem da minha vida


A bagagem da minha vida

 Meu jugo é suave e o meu peso é leve   ( Mt 11, 30).

            Preparo o meu “lugar sagrado”.  Convido a Trindade Santa, Maria e José,  para entrarem na minha tenda e rezarem comigo. Acalmo-me...  Faço calar dentro de mim  palavras e pensamentos... Tomo consciência dos sons ao meu redor: os mais próximos,... os mais distantes... os mais agradáveis e os menos agradáveis...  Tento perceber as sensações do corpo: sinto cansaço, dor, paz? Respiro várias vezes, profundamente. Inspirando o ar puro, respiro vida, o dom do Deus da vida. Expirando, vou entregando-me nas mãos deste Deus da vida. Acolho a paz, descansando na presença de Deus que inunda o meu ser.
            Rezo... Hoje quero rezar a bagagem de minha vida. Peço a Maria, Senhora e Mãe dos meus passos, que me acompanhe no percurso dos dias e anos.
            Imagino-me diante da minha mochila... Posso colocar nela tudo o que carrego  comigo desde os anos  da minha infância até agora... Os dias felizes e o os menos felizes.Tudo o que me pesa e me aborrece. O que sinto como importuno. O que me pressiona e me abate.  Talvez alguma coisa que me parece insuportável.
            Com certeza vou colocar coisas e experiências bonitas e enriquecedoras na minha bagagem. Guarda-as com carinho. São importantes para mim...
            Dirijo-me ao Senhor e amigo  falando sobre o conteúdo de cada situação da minha vida que fui “empacotando” na “mochila” , a  bagagem da minha vida...
            Conforme o que sinto, ora louvo: Bendize, ó minh’alma, o Senhor! Jamais esqueças de todos os seus benefícios” (SL 102, 3 )
 1) ora suplico: “ Ó Deus ouve o meu grito, atende a minha prece!”  Sl 61/60 .
 2) Volto-me ao Senhor Jesus que me afirma: “Meu jugo é suave, meu fardo é leve” (Mt,11, 30).
Quando for terminando o tempo que tenho para rezar o que coloquei na “mochila”,
Pega-a para sentir o seu peso diante do Senhor. Com  simplicidade e fé sincera.  O que  acontece? O que constato? Rezo conforme sinto: Louvo, agradeço, suplico, insisto...
            Posso também concluir minha oração com sentimento de total confiança ,
cantando: - Se as águas do  mar da vida quiserem te afogar, segura na mão de Deus e vai!...
Recordo , faço memória, registrando no meu caderno de “anotações” as maravilhas que o Senhor operou em mim na estrada da vida. Mais uma vez agradeço a presença do Senhor em minha oração; rezo um Pai-Nosso ou outra oração e termino meu encontro com Deus revigorada e mais forte.
Subsídio tirado do Livro: 
Cristo  ( Maria Fátima Maldaner, SND e R. Paiva, SJ
           

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

A Mão que faz

A  Mão que faz

Prepare o seu coração para o encontro com a Trindade... Procure um lugar tranqüilo. Aquiete  seu coração... sua mente...  sua vontade... Respire lenta e profundamente algumas vezes. Invoque o Espírito Santo para que ele ilumine e conduza este momento de oração. Imagine-se um pouco de argila sendo modelada/o pelo Criador.


Pedir a graça: 
- Reconhecer as marcas de amor deixadas em mim,  pelo divino Oleiro. 
“ Mas agora, Javé, tu és o nosso Pai; nós somos o barro, e tu és  o nosso oleiro; todos nós somos obra de tuas mãos”( Is 64, 7 ).

Imagine-se como um pouco de argila, de barro  nas mãos do divino Oleiro... Ele contempla esse pouco de barro com muito amor e sua mão começa a deixar suas marcas... É a mão que faz, modela, compacta, aperta, amassa, estica. A mão faz, é o molde. Tudo que a mão realiza no dia-a-dia tende a desaparecer sem nos darmos conta. Até mesmo no próprio momento em que agimos. Ela age e nos esquecemos aquilo que ela toca, apanha, pega, puxa, entre tantas outras ações. Mas, não acontece o mesmo com o Criador... Estamos sempre diante de seus olhos. “Veja:! Eu tatuei você na palma da minha mão;  suas muralhas estão sempre diante de mim” ( Is 49, 16 ). O Criador começa a ajustar e a dar forma a este pouco de argila. Sinta o calor de suas mãos, plasmando seu corpo... cada um de seus membros... seus órgãos... cada um de seus ossos... fibra por fibra... cada detalhe... revestindo seu corpo de pele...

“O Criador foi modelando esse pouco de barro e o formou segundo a sua própria imagem; revestiu-o de força... Deu-lhe inteligência, língua, olhos, ouvidos e juízo para pensar; cumulou-o de saber e inteligência... encheu-lhe o coração de sabedoria e mostrou-lhe o bem e o mal... Pôs-lhe o seu olhar no seu coração para mostrar-lhe a majestade de sua obra” ( Eclo 17 ). No fim ele escreve em sua obra: Original de Deus Criador.
Deus colocou sua marca, seu selo... Queiramos ou não trazemos em nós  a marca de Deus; fomos marcados com o selo do Espírito Santo de Deus.

“No princípio Deus criou o céu e a terra e viu que tudo era bom “...”Deus contemplou toda a sua obra, e viu que tudo era muito bom...”

Ao acabar de criar, Deus contempla você... que expressão tem seu rosto?  E você como se sente, diante de tanto carinho, ternura e amor?  O Criador pode afirmar: “Original de Deus”?
Repita algumas vezes: “Sou imagem de Deus”... Aproxime-se de Deus Criador... agradeça-lhe por ter criado você... por você existir... fazer parte do seu sonho, do seu projeto...

Converse com Ele sobre as  suas qualidades... seus dons... Fale sobre seus medos e temores...  Suas fraquezas... todo o seu jeito de ser... Aceite-se assim como você é... Agradeça esta oportunidade de conhecer-se mais profundamente... Procure escutar o que ele quer lhe falar...
    Entregue-se... confie-se ao Criador.  Peça que Ele ajude você a conhecê-Lo melhor para ter uma relação cada vez mais íntima com seu Deus Criador.

Textos iluminativos:
   Pr  8, 17 – 32  - O Senhor me criou como primícia de suas obras.
   Jr   18, 1 – 6    - Vai e desce à casa do oleiro, e lá te farei ouvir...

   Is  49,  1 – 18 -  Eu ainda estava no ventre materno, e Javé...

sábado, 10 de agosto de 2013

Deus é Pai




   Deus é Pai 
                                   Pe. Fábio de Melo
Quando o sol ainda não havia cessado seu brilho,
quando a tarde engolia aos poucos
as cores do dia e despejava sobre a terra
os primeiros retalhos de sombra
Eu vi que Deus veio assentar-se 
perto do fogão de lenha da minha casa.

Chegou sem alarde, retirou o chapéu da cabeça
e buscou um copo de água no pote de barro
que ficava num lugar de sombra constante.

Ele tinha feições de homem feliz, realizado
parecia imerso na alegria que é própria
de quem cumpriu a sina do dia e que agora
recolhe a alegria cotidiana que lhe cabe.

Eu o olhava e pensava: 
Como é bom ter Deus dentro de casa!
Como é bom viver essa hora da vida
em que tenho direito de  ter um Deus só pra mim.
Cair nos seus braços, bagunçar-lhe os cabelos,
puxar a caneta do seu bolso 
e pedir que ele desenhasse um relógio
bem bonito no meu braço...

Mas aquele homem não era Deus,
aquele homem era meu pai.
E foi assim que eu descobri 
que meu pai com o seu jeito finito de ser Deus
revela-me Deus
com seu
jeito infinito de ser homem.



terça-feira, 23 de julho de 2013

Renascer diariamente


Renascer diariamente

      

Como a luz da aurora
dissipa as trevas,
e um novo dia
começa a brilhar,
colocando em festa
o coração da natureza,
assim é preciso renascer para a vida,
DIARIAMENTE.
A alegria de viver
não vem por si.
É necessário predispor-se para ela.
Cultivá-la.
Conquistá-la, palmo a palmo.

Só a compreende quem ama...
E só ele ressuscita.
Sabe que outros precisam dele.
Que sua vida é útil.
Que sua presença é importante.

Faça cada dia, amigo,
a experiência da ressurreição.

Deixe
no sepulcro vazio da noite,
todas as tristezas e ilusões,
todos os cansaços e desânimos,

e ressurja
com novo alento
com novas disposições,
com uma vontade imensa

de amar a todos,
de colocar um sorriso de festa
no olhar dos tristes,
dizer uma palavra de conforto
aos que sofrem,
enfim: tornar o mundo
Um pouco mais feliz,
porque você ama!
                                                  Carlos Afonso Schmitt

segunda-feira, 22 de julho de 2013




Deus não se cansa de perdoar
                             Olhar diferente
        
Katsushika – 1760 a 1849 – famoso pintor japonês, foi um apaixonado pelo monte Fuji Yama. Toda sua obra gira ao redor desta montanha sagrada. Ele não teve receio de gastar dois anos de trabalho na pintura, num vaso, do majestoso panorama do Fugi.
            Foi sua obra mais famosa. Mas num belo dia um descuido derrubou o vaso. Com extremo cuidado, recolheu os pedaços e recompôs sua obra. Para evitar que  as rachaduras  aparecessem, ele colocou um fio de ouro em cada emenda. O vaso ficou mais bonito após o desastre.

            Num dos seus primeiros pronunciamentos, o Papa Francisco declarou: Deus jamais  cansa de nos perdoar, nós é que esquecemos de pedir perdão. A missão de Jesus na terra foi a de reconciliar os homens com Deus.

            Paulo, apóstolo exorta aos discípulos deixai-vos reconciliar com Deus ( 2 Cr 5, 20 ). A iniciativa é de Deus, cabe a nós acolher o perdão generoso que tem o aval do sangue de Cristo. Tudo o que Deus faz é do seu jeito. E o seu jeito é de ser infinito. Esta lógica o perdão é infinito. Mais do que perdoar pecados, Deus perdoa a pessoa. Judas e Pedro têm algo em comum: a traição. O que distingue um do outro é a atitude posterior. Enquanto Pedro chorou amargamente seu pecado, Judas não acreditou na misericórdia e enforcou-se. Foi depois da tríplice traição que Pedro, por três vezes, declarou amor ao Mestre e tornou-se o primeiro Papa. Judas queimou a chance de tornar-se um santo extraordinário.

            Um grande missionário capuchinho, Frei Bernardino de Vilas boas, falecido em 1985, costumava dizer: Deus tem mania de perdoar... Na cruz, na dureza da agonia, Jesus não esquece sua prioridade: ” Pai, perdoai-lhes. Eles não sabem o que fazem“ ( Lc 23, 34).

            O pecado está presente mesmo na vida dos grandes santos. Um exemplo clássico é o de santo Agostinho. Ele deixou a memória de seus pecados em seu livro Confissões. São Francisco de Assis recorda, sem grande preocupação mas com extrema confiança, o tempo em que estava em pecado. É verdade também que outros santos seguiram o caminho iluminado da perfeição.

            Deus não quer o pecado, mas ama o pecador. O próprio pecado se torna fecundo quando nos ensina alguma coisa, sobretudo a confiar no Pai.

            O Salmo 50, atribuído a Davi, um rei pecador, por três vezes garante que Deus apaga o nosso pecado.
            E como o artista Hokusai, ali, ali onde existiram grandes rachaduras, ele coloca o fio de ouro do perdão e da possibilidade de recomeçar.
                                      
                           Aldo Colombo










domingo, 30 de junho de 2013

Por Damasco em direção à Vida

Paulo é exemplo de pessoa em busca do ideal. Ele tinha ideal, mas  falso. Há sempre uma ponta de ilusão, na busca da felicidade. Paulo de Tarso falhou nesta busca...



À procura de mais cristãos, a fim de exterminá-los, Saulo dirigiu-se a Damasco, na Síria. Antes de chegar na cidade, um acontecimento inesperado vai mudar o rumo de sua existência. Cristo deteve-o e pergunta: “Saulo, Saulo,  por que me persegues? O fato que tudo mudou aquela vida é narrado nos Atos dos apóstolos( At 9, 1 – 25 ).
Respirando ainda ameaças e morte contra os discípulos do Senhor, Saulo ia a Damasco prender cristãos. Já perto da cidade, viu-se jogado por terra e, sem ver ninguém, uma voz disse: Saulo, Saulo, por que me persegues? Era a voz do próprio Cristo que o escolhera para ser seu apóstolo. Aquele encontro iluminou e transformou-lhe a vida.
         Cristo precisava essa vigorosa personalidade. Rica de qualidades humanas, misto de cultura grega, judaica e romana. E Saulo passou a ser São Paulo, o maior  apóstolo de Jesus Cristo.
         Paulo de Tarso é certamente uma figura impressionante. De personalidade rica, temperamento apaixonado, impulsivo, colérico, religioso no melhor estilo da época, pois era fariseu. Sincero, inteligente, mas angustiado, insatisfeito com o que fazia. Nunca teria pensado que sua vida iria mudar tão profundamente, naquele encontro com Cristo.
         O encontro dos dois judeus foi violento mas fez dois amigos inseparáveis, Saulo odiava Jesus de Nazaré, sua doutrina e seus seguidores, mas a sinceridade permitiu-lhe transformar-se apenas  viu brilhar a verdade em Cristo. A partir daquele momento Cristo, seu ideal, seu tipo de vida, passou a ser a mais forte paixão de Paulo. Ele se gloriava de ser “servo e apóstolo de Jesus Cristo”. Assim ele começa todas as cartas 
( epístolas ) aos cristãos da época.
         Quando Cristo entra numa vida. Ilumina-a por dentro, toca-a profundamente.
Enche o coração do ser humano. Faz-lhe esquecer o passado para lançar-se em frente, em busca de ideal sempre mais alto (Fl 3, 7 -14 ). Hoje também há homens e mulheres que fazem a experiência de Damasco.
         Damasco é o caminho da vida, o caminho do encontro, o caminho de todas as pessoas em busca de Deus.
         Pode-se afirmar, hoje, que sem Paulo o mundo seria diferente. Eu acredito que nem eu, nem você conhecemos sua importância para Cristo. Ele precisa de você para transformar o mundo. Eliminar a injustiça, criar mais amor, colocar a verdade no lugar da mentira. Como precisou de Paulo de Tarso.
         Damasco é o caminho da vida das pessoas que encontraram Cristo e por ele se apaixonaram e lutam pelo seu tipo de vida singular.

São pessoas marcadas pela luz, pelas cores da luz de Cristo.
Apaixonadas por Ele,  como Paulo de Tarso.


(Extraído do Livro: “A vida tem a cor que você pinta” – Mario Bonatti)

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Algemas do despreparo

               ALGEMAS DO DESPREPARO


       Aprenda a ver os desafios com um "olhar" de crescimento, não os transforme em prisões que impedem o seu desenvolvimento pessoal

O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você. ( Mario Quintana)

É incrível a capacidade humana de frustrar-se com as situações, das menores contrariedades aos grandes problemas conseguimos extrair algum tipo de lamentação. Em outras espécies animais, uma dificuldade encontrada é apenas mais um obstáculo a ser enfrentado, entre tantos outros na luta pela sobrevivência.

Isso ocorre, por que nós humanos costumamos nutrir um elevado nível de expectativa em torno das pessoas e dos fatos. Sempre esperamos que o outro seja simpático e cooperativo ou, que os nossos projetos na vida atinjam excelentes patamares de sucesso e reconhecimento.
 No entanto, quando a realidade chega e temos que lidar com o que de fato as pessoas são e as situações nos devolvem, nem sempre recebemos o esperado.

Com isso surgem as frustrações que não deveriam ser tão conflitantes, mas sim, construtivas experiências de vida. Só que elas nos abatem, nos fazem muitas vezes crer que a vida não é lá essas coisas, que o mundo não nos valoriza! E por quê? Porque nós também alimentamos um elevado nível de expectativas em relação a nós mesmos, não conseguimos lidar com a nossa própria humanidade, com as nossas limitações.

Assim, criamos um ciclo vicioso de imaturidade. Por exemplo, é bastante comum ouvirmos pessoas dizerem que quando estão muito ansiosas comem mais ou, quando estão muito nervosas com alguma situação no trabalho, acabam extravasando em outros profissionais o seu descontrole. Nessa hora surge o mesmo raciocínio das pessoas que vão em liquidações: “Já que está barato, vou levar mais esse produto”, ou seja, “já que algo deu errado que se dane! Vou comer, vou brigar, vou me descontrolar, já que está tudo uma porcaria mesmo!”

Nesse exato momento você se torna refém de você mesmo, da sua insanidade, da sua incapacidade de crescer e enfrentar as vicissitudes de frente. Assim, somos algemados por nós mesmos, deixamos de atrair o que desejamos e passamos a atrair o que está em sintonia com o nosso próprio desequilíbrio.

E assim, recitando uma vez mais o genial Mário Quintana, narro mais um pensamento seu: “Esta vida é uma estranha hospedaria, de onde se parte quase sempre às tontas, pois nunca as nossas malas estão prontas e a nossa conta nunca está em dia.”

Portanto, cuide bem do seu momento atual, procure deixar as suas malas repletas de utensílios importantes, cuide porém para não levar bagagem extra, como situações ou conflitos mal resolvidos . Viva, não lamente. Até a próxima semana.

                                                                      Lígia Guerra
                                                                      

sábado, 18 de maio de 2013

Os sete dons do Espírito Santo


Os sete dons do Espírito Santo

SABEDORIA
É o dom de perceber o certo e o errado, o que favorece e o que prejudica o projeto de Deus. Por este dom buscamos não as vantagens deste mundo, mas o Bem Supremo da vida, que nos enche o coração de paz e nos faz felizes. Diz o Senhor: "Feliz o homem que encontrou a sabedoria... Ela é mais valiosa do que as pérolas" (Cf. Pr 3,13-15).
ENTENDIMENTO
É o dom divino que nos ilumina para aceitar as verdades reveladas por Deus. Mesmo não compreendendo o mistério, entendemos que ali está a nossa salvação, porque procede de Deus, que é infalível. O Senhor disse: "Eu lhes darei um coração capaz de me conhecer e de entender que Eu sou o Senhor" (Jr 24,7).
CONSELHO
É o dom de saber discernir caminhos e opções, de saber orientar e escutar, de animar a fé e a esperança da comunidade. Mas o Senhor disse-lhe: "Não te deixes impressionar pelo seu belo aspecto, porque eu o rejeitei. O que o homem vê não é o que importa: o homem vê a face, mas o Senhor vê o coração" (1 Sm 16,7).
FORTALEZA
É o dom de resistir às seduções, de ser coerente com o Evangelho, de enfrentar riscos na luta por justiça, de não temer o martírio. São Paulo confiava no dom da fortaleza. Ele disse: "Se Deus está conosco, quem será contra nós?" (Rm 8,31).
 CIÊNCIA
É o dom de saber interpretar e explicar a Palavra de Deus. Por este dom, o Espírito Santo nos revela interiormente o pensamento de Deus sobre nós, pois "os mistérios de Deus ninguém os conhece, a não ser o Espírito Santo" (1 Cor 2,10-15).
PIEDADE
É o dom de estar sempre aberto à vontade de Deus, procurando agir como Jesus agiria e identificando no próximo o rosto de Cristo. É o dom pelo qual o Espírito Santo nos dá o gosto de amar e servir a Deus com alegria. "O Reino de Deus não consiste em comida e bebida, mas é justiça, paz e alegria no Espírito Santo" (Rm 14,17).
TEMOR DE DEUS
Não quer dizer "medo de Deus", mas medo de ofender a Deus. Sendo Ele o nosso melhor amigo, temos o receio de não lhe estarmos retribuindo o amor que lhe é devido. Mais do que temor, é respeito e estima por Deus. "Ouve, ó Israel! O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e com todas as tuas forças" (Dt 6,4-5).
 (Basílica N. Sra. Do Carmo - Campinas/SP

domingo, 7 de abril de 2013

Habebus Papam


Habemus Papam
(Já temos Papa)



O pedido de renúncia  do Papa Bento XVI  surpreendeu o mundo.  A sede ficou vacante de 28/02 a 13/03/2013.  Este acontecimento foi alvo de muitas críticas por parte de nossos irmãos não católicos, que diziam: “Agora a Igreja católica  vai acabar é o fim. Esqueceram porém, das palavras de Cristo: 
“... eu te digo que tu és Pedro e sobre  esta pedra edificarei minha Igreja e as portas do inferno nunca prevalecerão contra ela”
( Mt 16, 18 ).
Por outro lado, este acontecimento foi motivo  de busca, de esclarecimento sobre a história da Igreja, dos Papas, etc. Vieram à tona episódios registrados ao longo da história,  esclarecendo que esta renúncia do Papa não foi a primeira, outras a antecederam.
“Habemus Papam” = Já temos Papa. O dia 12 de março de 2013 foi um marco na história da Igreja Católica. O mundo todo estava ansioso na expectativa, da tradicional “fumaça branca”, anunciadora  do novo líder religioso.
A Praça de são Pedro, qual coração de Mãe, acolheu mais de 50 mil pessoas, nem a chuva e nem o frio as demoveu, aí permaneceram firmes, acenando bandeiras, levantando a mãos... Eu me pergunto: Qual é o chefe de Estado que reúne tanta gente, é acolhido dessa forma?
Ao sinal da “Fumaça branca”, os sinos começaram a badalar, o povo ansioso, vibrando,  agora se interroga: Quem seria o escolhido de Deus? De que nação?
Ainda momentos de tensão e espera...  De repente, na janela iluminada se abre a cortina e surge a figura do cardeal argentino  Jorge Mario Bergoglio, agora papa adotando o nome Francisco da América Latina.

             
Muito aplaudido, simpático  e muito emocionado saúda e agradece  o mar humano concentrado na praça e dirige algumas palavras ao público. Dentre as palavras verbalizadas falou forte  a seguinte frase: “ Não pretendo ser intelectual, mestre ou professor, mas quero sim, “ser Pastor para o povo”.  É de líderes assim que a nossa Igreja e não de “profissionais do sagrado”.
“Começamos este caminho, bispo e povo, esse caminho da Igreja de Roma, que é aquela que preside na caridade com todas as Igrejas. Um caminho de fraternidade, de amor e de confiança entre nós. Rezemos sempre por nós, uns pelos outros. Rezemos por todo o mundo, para que seja uma grande fraternidade. O Papa assinalou logo que “desejo que este caminho de Igreja que hoje começamos – me ajudará o meu cardeal vigário aqui presente – seja frutuoso para a evangelização dessa sempre bela cidade”.
 “Gostaria de dar-lhes a benção, mas antes peço um favor. Antes que o bispo abençoe o povo, eu peço para que Deus abençoe o seu Bispo. Façamos em silêncio esta oração de vocês por mim”.
Este gesto foi marcante para mim, o papa dirigindo-se à multidão faz oração pelo papa emérito e depois pede  ao povo para orar em  silêncio pedindo a Deus  por ele. Após uns momentos, o Papa se inclina para receber a bênção de Deus através do  povo.
Sentindo-se confirmado, iluminado e abençoado, volta-se para o grande público para dar a bênção Urbi et Orbi. Urbi et Orbi significa "à cidade de Roma e ao mundo" em português, e é um termo oriundo do latim. 
“Ficamos muito felizes pelo novo Papa, que veio em nome do Senhor e assim bem rapidamente podemos perceber duas virtudes e assim sendo características de Jesus em Francisco, que são a Humildade e a Simplicidade. ∙ Jesus nos ensinava muito sobre essas duas grandes virtudes, ele mesmo expressava em seu caminhar, falar e agir quando evangelizava pelas terras onde passava e nos deixou esses ensinamentos para também bem”.

               Ir. Teresa Cristina Potrick, ISJ

sexta-feira, 15 de março de 2013

José, uma vida escondida


José, uma vida escondida

            São José: um excepcional. Não se fala muito a seu respeito, mas é necessário conhecê-lo bem, porque tem muitas coisas a nos ensinar.
É muito importante descobrir este mistério de José, filho de Davi, de coração real, mas que faz somente pequenas coisas., inserido num bairro, numa sinagoga.

            Nada grandioso, eu diria sem nenhum carisma, nada de milagres, em mesmo de cura.  Algo muito pequeno, em uma vida comunitária muito cheia de amor.

            Quando Jesus dizia: “Que todos sejam um como meu pai e eu somos um” ele poderia ter dito também: “Que vocês sejam um como nós três, Maria. José e eu, somos um”. José viveu esse modelo de família, de comunidade. Se alguém viveu esta unidade de Jesus e de seu Pai, esse é José e também Maria. Eles são, pois, modelo de unidade, muito concreto, muito enraizado.
           
Uma confiança total os unia entre si, e um amor, uma ternura, uma confirmação. Muito inseridos no seu vilarejo, nada de especial distinguia a não ser uma qualidade no aspecto e uma qualidade de acolhimento. Viveram as beatitudes, não falaram apenas. Tudo o que disse, ele viveu e José trabalhava. É um homem conhecido por seu trabalho numa pequena aldeia sem importância, Nazaré; “que pode vir de bom de Nazaré"  indaga Natanael, o intelectual.

Uma vida comunitária de trinta anos, muito escondida; ninguém os conhecia. Uma qualidade de ternura e de amor nada grande, tudo muito pequeno. E, no entanto, naquela época havia os zelotes, havia toda espécie de pessoas descontentes com os romanos, etc. Havia pessoas que tinham sofrido muito.

Mas José, eu credito, pode ensinar-nos muitíssimo a respeito de “como viver o pequeno”,  não como um refúgio diante dos sofrimentos e as lutas do mundo, mas como um meio para todos nós participarmos destes sofrimentos.  Porque se formos fiéis, se vivermos a aliança, se formos fiéis àquele que é pequeno e pobre, como José era fiel, então, o que fizermos terá sentido para todos os que sofrem no mundo.

 Se somos fiéis a uma pessoa que sofre, somos fiéis a cada homem, a cada mulher no mundo. Porque os encontramos ali, precisamente, onde têm necessidade de serem levantados. Por isso, então, aconselho-os ardentemente a conhecer José.
                                                                                                                             Jean Vanier.