sábado, 29 de outubro de 2011

Levanta-te! Desperta! Vai! Anda!...



Preparando a “tenda” ou seja, o seu “santuário interior”. Convide a Trindade Santa para que venha rezar com você. Faça um exercício de pacificação, quietude interior, acalme seu coração. Respire lenta e profundamente algumas vezes... Invoque o Espírito Santo para que ele ilumine, toque seu coração na área que necessita ser curado ou transformado, para um crescimento maior como filho/a de Deus.

Graça a pedir: De estar atento/a, de coração aberto para escutar e acolher a voz de Deus e prontidão para executar sua vontade.

Composição de lugar: Imagine-se andando pela praia contemplando o vai-e-vem das ondas e de repente percebe algo estranho numa delas: o grande peixe que lança para a terra um homem. Era Jonas, o homem que fugiu de Deus.... Por uns instantes ele está atordoado, depois firma-se com segurança sobre seus pés e caminha apressado ao seu destino – Nínive a grande cidade, conforme o Senhor Deus lhe ordenara .

Texto: Jn 3,1–10
A permanência no interior do grande peixe levou Jonas a cair na em si e a rezar a seu Deus. Rezou Àquele de quem fugiu e de onde não pode mais fugir. “Eu sei que “Tu podes reerguer minha vida, perdoar meus erros... Tu que és a Fonte de meu ser. Eu quero agora cumprir o que Tu me mandaste fazer”.
No momento em que Jonas aceitou o desejo que habitava nele, quando escutou a voz que falava nele, o “grande peixe o vomitou sobre a terra firme, lançou-o na praia.

a) Jonas escutou a mesma palavra de antes e de depois das provações. “Levanta-te, Jonas, desperta. Vai! Anda! Vai a Nínive, a grande cidade. Desta vez, Jonas levantou-se e foi a Nínive, seguindo as ordens do Senhor. Entrou na cidade anunciando: “Dentro de 40 dias Nínive será destruída”...

Na cidade de Nínive reinava a violência, o poder, a exploração dos homens pelos homens, desprezo, o desrespeito, a desigualdade. Tudo muito parecido com os nossos tempos, com as nossas “nínives”. Que tal, como Jonas seria recebido caso retornasse hoje e anunciasse esta notícia?

b) Ao tomar conhecimento desta nova, o Rei de Nínive levantou-se do trono, despojou-se de suas vestes, vestiu-se de saco e decretou jejum a todos os habitantes e até os animais, nem mesmo podendo beber água; todos vestiram-se de sacos e o próprio rei sentou-se sobre cinzas. Que todos clamassem a Deus e se convertessem de suas más condutas e deixassem toda espécie de ações violentas.
Que tal fazer também “jejum” não como prática de emagrecimento, mas na dimensão espiritual: fazer a experiência da falta . Descobrir que além dos vegetais que nos nutrem, é o Senhor da vida que nos nutre. É sentir também a nossa fragilidade. É uma maneira de retornarmos ao essencial, ao fim para que fomos criados.
Nos causa espanto que até os animais sejam submetidos ao “jejum” . Isto é simbólico. Dizem os antigos, tratar-se de fazer jejum em nossos “animais interiores”, isto é, em nossos impulsos, nossos instintos, a fim de que eliminadas essas energias, voltem ao nosso interior, essas forças que vão se transformar em forças de sabedoria e de iluminação.

c) Sentar sobre cinza
Esta atitude nos leva a tomar consciência da nossa condição passageira, transitória, de nossa fragilidade, de nossa limitações... sou poeira. “ Tu és pó e ao pó voltarás”. Por outro lado também é verdade: “Tu és luz e luz tu te tornarás”. Nós somos poeira e luz. No nosso dia-a-dia não podemos nos esquecer de que somos pó e nem de que somos luz... Poeira que dança na luz. Jesus nos diz: “Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre uma montanha”(Mt 5,14).
É necessário cultivar a virtude da humildade. A humildade é a realidade. É ser aquilo que se é, nem mais e nem menos.
Converse com o Senhor... Escute o que ele tem a dizer-lhe... O que espera de você... Acolha tudo em seu coração.

Terminada a oração, reveja brevemente como se saiu nela, perguntando-se:
• O que mais me tocou nesta oração?
• Que sentimento predominou em mim?
• Senti algum apelo, desejo, inspiração?
• Tive alguma dificuldade ou resistência?

Agradeça ao Senhor as iluminações e toques recebidos e percebidos durante esta sua experiência de oração, renove sua fidelidade a Jesus. Reze um Pai-Nosso ou outra oração que você goste; registre no seu caderno-vida aquilo que ficou mais forte em seu coração.

Ir. Teresa Cristina Potrick,ISJ

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