domingo, 9 de outubro de 2011

A experiência de um mergulho



Prepare o seu “santuário interior”, isto é o seu coração para o encontro com a Trindade Santa. Aquiete sua mente e seu coração... Respire lenta e profundamente algumas vezes.... Desligue-se de tudo o que possa ocupar sua atenção, distraí-lo/a neste momento. Peça ao Espírito Santo que ilumine e conduza seu momento de intimidade com o Senhor.

Graça a pedir: - Através do mergulho em seu interior, reencontrar-se consigo mesmo/a e com seu referencial absoluto - Deus Criador; reconhecer o seu lugar neste mundo, qual sua vocação e missão.

Composição de lugar: Com a imaginação perceber o vento impetuoso, o mar agitado, a tempestade grande ameaçando despedaçar a embarcação. Medo e terror dos marinheiros cada qual invocando seu deus e lançando no mar a carga para aliviar o navio... Jonas tranquilamente dormindo no porão do navio. Marinheiros resolvem lançar os dados para ver o culpado e a sorte recaiu sobre Jonas que assume a culpa e, é lançado ao mar e engolido por um grande peixe.

Texto iluminativo: - Jon 2, 1 – 11.

a)Jonas no ventre do grande peixe.
Jonas é o símbolo da pessoa que resiste... que quer permanecer deitada. É a pessoa que tem medo de mudanças, que não quer ficar de pé, que não quer arriscar sua vida, sair do próprio centro para ir ao encontro do outro.
No interior do monstro marinho, a passagem através do mar, Jonas mergulha no seu próprio ser, reencontra seu centro e cai na realidade. Toma consciência de suas atitudes. interroga suas resistências e seus medos, desses medos que o impedem de levantar-se, de começar a caminhada, de despertar, de anunciar a Nínive a palavra revelada.

b)Pedido a Jonas antes de ir a Nínive.
Antes de ir a Nínive Jonas precisa enfrentar a sua própria Nínive interior... Terá que enfrentar seus medos interiores, suas fraquezas, sua auto-suficiência, seu orgulho, sua soberba, egoísmo, e suas mazelas todas.
Em princípio, amar nossos inimigos não é amar aqueles e aquelas que nos perseguem, mas é, aprender a amar esta parte de nós que nós não aceitamos. A permanência no ventre do grande peixe levou Jonas a aprender a amar a sua covardia, seus medos, suas inseguranças, suas áreas escuras. Cada um/a de nós tem um inimigo em si mesmo.

c)O Senhor confia em você.
Peça que venha em seu auxílio e lhe ensine e mostre o caminho que você deve seguir.
“Isto é uma ordem: Sê firme e corajoso. Portanto, não tenha medo e não se acovarde, porque Javé seu Deus está com você onde quer que vá” (Jos 1, 9).
Veja bem, esta é uma ordem... não é um convite e nem um conselho. É preciso confiar, acreditar na Palavra do Senhor.
A passagem através do mar, esta incubação no ventre do grande peixe, nas tempestades e vendavais da vida, é uma condição para ser autêntico/a, para que se possa libertar de tudo aquilo que impede de revelar a todos o rosto luminoso de um/a filho/a de Deus.
Se você deseja crescer, sair da mesmice procure rezar e refletir sobre estas questões:
• Qual é o meu lugar neste mundo?
• O que vim fazer nesta terra?
• Qual é a minha missão?
• Qual é a minha vocação?
Com a iluminação do Espírito Santo que o Pai dará aos que o pedem você compreenderá que não há facilidades no caminho da luz, é subir montanhas, transpor porões, desafiar fantasmas... tudo isso é crescer.

Converse com Jesus como um amigo conversa com o amigo, peça a sua ajuda, que Ele o/a liberte de tudo aquilo que o/a escraviza, faça sair do próprio centro para dar espaço a Deus que quer fazer parte da sua história.

Terminada a oração, reveja brevemente como se saiu nela, perguntando-se:
• O que mais me tocou nesta oração?
• Que sentimento predominou em mim?
• Senti algum apelo, desejo, inspiração?
• Tive alguma dificuldade ou resistência?

Agradeça ao Senhor as iluminações e toques recebidos e percebidos durante esta sua experiência de oração, renove sua fidelidade a Jesus. Reze um Pai-Nosso ou outra oração que você goste; registre no seu caderno-vida aquilo que ficou mais forte em seu coração.

Ir. Teresa Cristina Potrick,ISJ

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