quinta-feira, 6 de outubro de 2011
Deitado, dormia a sono solto
Preparando a “tenda” ou seja, o seu “santuário interior”. Convide a Trindade Santa para que venha rezar com você. Faça um exercício de pacificação, quietude interior, acalme seu coração. Respire lenta e profundamente algumas vezes... Invoque o Espírito Santo para que ele ilumine, toque seu coração na área que necessita ser curado ou transformado, para um crescimento maior como filho/a de Deus.
Pedido da graça: Estar despertado/a, acordado/a, disponível para escutar a voz de Deus e reconhecer seus apelos no mais profundo do meu ser, mesmo se esta voz tem exigências que me causam medo.
Texto: Jn 1, 1 – 16
A Palavra de Deus é viva, eficaz, dinâmica; é movimento, é saída...A Palavra de Deus foi dirigida a Jonas, ordenando:
• Levanta e vai...
• Desperta, levanta-te....
• Levanta, põe-te a caminho...
Jonas é aquele que prefere ficar deitado e quando a voz Viva vem visitá-lo em seu íntimo, ele resiste. Jonas é cada um/a de nós. É cada um/a de nós em seu contato com o Criador, com as dificuldades que este contato pode trazer com as esperanças que ele pode despertar e também o medo que ele pode trazer.
O Livro de Jonas pode ser para nós uma oportunidade de nos questionarmos sobre nossa vocação e missão. Sou uma pessoa única e irrepetível. .. O que devo fazer nesta vida, pessoa alguma poderá fazê-lo em meu lugar.
O livro de Jonas me convida a escutar em mim mesmo/a o desejo mais profundo que acalanto
no profundo do meu ser.
Jonas, Iona em hebraico quer dizer – pomba. Uma pomba de asas aparadas. Jonas é o símbolo da pessoa deitada, adormecida, anestesiada; da pessoa acomodada, satisfeita consigo mesmo/a, que não quer crescer e não quer assumir compromisso algum.
É símbolo da pessoa que foge de si mesmo/a, que foge de sua identidade, que foge de sua voz interior. A fuga desta voz interior traz conseqüências sobre os outros, vai provocar problemas que repercutirão no ambiente exterior.
Sua vidinha lhe basta... O que lhe é possível compreender com sua razão está bem, lhe é suficiente. O que pode sentir e captar com os cinco sentidos, lhe basta. Não se dispõe a escutar e a seguir a voz que lhe fala mais profundo.
O que me pode colocar de pé? O que pode fazer com que minha vida valha a pena ser vivida? Por que não ficar deitado/a? Em que trabalho e para quem trabalho? Para que me levanto a cada manhã? Não seria preferível permanecer na cama, dormindo?
Quando minto para mim mesmo/a quando fujo de minha vocação, quando renego o meu ser essencial, acarreto conseqüências nefastas, não somente para mim mesmo/a, mas também para o meu ambiente e minha comunidade.
Este é o símbolo da tempestade que vem agitar a barca. A maioria das vezes, eu não aceito minhas falhas e limitações e projeto nos outros a culpa.
Estar em harmonia consigo mesmo/a, escutar sua voz interior, mesmo se esta voz tem exigências que me faz medo, é bom para mim mesmo/a e não causará conseqüências nefastas para o meu próximo.
Em lugar de ir à Nínive, “cidade dos inimigos” conforme Deus lhe ordenara, Jonas fecha os ouvidos e vai exatamente em sentido contrário. Ele foge... Toma um barco e vai para Tarsis, “cidade a beira-mar” para descansar, passar suas férias.
Tome consciência de que suas iluminações, experiências, libertações e compromissos assumidos, você os leva em “vaso” muito frágil, de argila... Necessitam de fidelidade, de vigilância e de perseverança.
Terminada a oração, reveja brevemente como se saiu nela, perguntando-se:
• O que mais me tocou nesta oração?
• Que sentimento predominou em mim?
• Senti algum apelo, desejo, inspiração?
• Tive alguma dificuldade ou resistência?
Agradeça ao Senhor as iluminações e toques recebidos e percebidos durante esta sua experiência de oração, renove sua fidelidade a Jesus. Reze um Pai-Nosso ou outra oração que você goste; registre no seu caderno-vida aquilo que ficou mais forte em seu coração.
Ir. Teresa Cristina Potrick,ISJ
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