sábado, 31 de outubro de 2009

Santado à beira do caminho


Preparo o encontro: - Começo a "vestir o meu coração", isto é, preparo o “ meu santuário interior” Para encontrar-me com Deus: Pai, Filho e Espírito Santo. Aquieto a minha mente, minha vontade e meu coração... Respiro lenta e profundamente algumas vezes. Invoco o Espírito Santo para que Ele ilumine e conduza minha experiência de oração.

Pedir a graça: - Um aumento de fé e coragem para jogar fora as capas, atrás das quais me escondo, para ocultar a minha verdade.

Com os olhos da imaginação vejo Bartimeu, cego, sentado à beira do caminho, mendigando; ele tem nome, tem uma família... Quando ouviu dizer que Jesus estava passando, grita: Jesus, Filho de Davi, tende piedade de mim. Muitos o repreendiam para que se calasse. Jesus o chama... O cego jogou o manto fora, deu um salto e foi até Jesus.... e Jesus pergunta; “Que queres que eu te faça?” Que eu veja.! No mesmo instante ele recuperou a vista... e foi seguindo Jesus pelo caminho...

Texto: Mc 10, 46 – 52.
Leia, calmamente o texto uma, duas ou mais vezes. Deixe que o “cego” em mim desperte e comece a gritar. Tomo consciência das vozes que gritam dentro de mim e pedem libertação.

a) Que eu veja!...
Veja-se a mim mesmo/a ... no lugar de Bartimeu.... sentado/a à beira do caminho ... mendigando... O que eu mendigo? O que estou sentindo? ... Percebo minha reação... meu desejo... ao saber que Jesus está passando... sinto meu desejo interno... minha sensação ... minha reação... Percebo se vai surgindo dentro de mim o desejo de ver Jesus... de encontrar-me com Jesus.... Qual a exclamação espontânea que brota de meu coração? Expresso a minha fé... Expresso o meu pedido...
Percebo neste momento... quantos sentimentos... reações...minha fé... aquilo que eu sento... aquilo que eu vive... aquilo que eu acredito...
Esses mecanismos... essas vozes ...essas reações... que emergem de dentro de mim... simbolizam aquelas pessoas que repreendiam o cego... para que se calasse...

b) Bartimeu deu um salto, jogou fora a capa.
Aquele pedido... aquele clamor de Bartimeu, gritava pela vida... Bartimeu de um salto, jogou a capa fora...não precisava mais de capa para esconder-se atrás dela... não havia mais necessidade de permanecer mendigo... de permanecer cego... de não se deixar perceber na sua verdade... Ele se torna capaz de reconhecer... assumir... e aceitar sua verdade.... Olhar, encarar sua verdade...

Quais são as capas que me protegem ... Que sustentam minha cegueira... A minha surdez... meu coração fechado... meu egoísmo... mua agressividade... minhas dominações... auto-suficiência... prepotência... caprichos... teimosias... carências... poder.
Quais as capas eu necessito lançar fora, para poder ver Jesus... aproximar-me de Jesus... e deixar-me curar por Ele... deixar-me tocar pelo seu olhar... Para eu poder ouvir... a voz de Jesus... que me fala...

c) Que queres que eu te faça?...
Converso com Jesus como converso com um amigo...Entreguo-lhe todas capas que fui encontrando... que me impedem de ver Jesus... ver as pessoas... na sua realidade... na sua verdade... aquelas capas que distorcem a percepção das coisas... da visão... da audição... etc. Faço minha oferta , de todas minhas capas a Jesus... E após ter oferecido todas as capas... Escuto o que Jesus me diz...
“Vai a tua fé te curou”... “No mesmo instante, ele recuperou a vista e seguia Jesus pelo caminho”.
Agradeço a Jesus por esta libertação... Por este tempo passado na sua companhia.. Para
finalizar meu tempo de oração, rezo o Pai-Nosso, a Ave Maria, ou outra prece que me seja familiar; agradeço este encontro com o Senhor...
Registro em meu caderno-vida as iluminações, os toques de Jesus, aquilo que mais mexeu comigo durante a oração e continuo sentindo o sabor da experiência realizada com Ele.

Ir. Teresa Cristina Potrick, ISJ

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