domingo, 28 de junho de 2009

Relações que rompem barreiras



É Verdade, Senhor; mas também os cachorrinhos debaixo da mesa comem as migalhas das crianças”
( Mc 7, 28)

1. Preparar o encontro:
Faço-me presente ao mistério de Deus-Pai, Filho e Espírito Santo. “Quando tu queres rezar, entra no teu quarto e reza a teu Pai que está ali, no segredo” (Mt 6, 6 ). Fechar a portas significa desligar-se de tudo aquilo que possa ocupar o espaço no meu coração; preocupações, tensões, coisas, porque o que vou fazer é coisa importante e séria – comunicar-me com meu Criador... Aquieto a minha mente, minha vontade e o meu coração... Respiro lenta e profundamente algumas vezes. Invoco o Espírito Santo para que Ele ilumine e conduza minha experiência de oração. Sou um ser humano que Deus atinge e que vai a Deus com toda a sua realidade.
2. Pedir a graça:
Peço a graça de fazer-me realmente presente a Deus e deixar que Jesus me revele o que significa “crescer no amor” de verdade, nas relações fraternas, nas relações com o diferente; o que vou precisar mudar. Romper na minha vida.

3. Texto: Mc 7, 24-30.
Ler calmamente a Palavra de Deus uma duas ou mais vezes com o coração aberto. O texto de Marcos me coloca face a um relato que me faz refletir sobre: relações que rompem barreiras e me movem a um aumento de fé.
“O Ser humano é um nó de relações” Saint Exupéry.
O ser humano é um nó de relações, voltado em todas as direções – para cima, para o sonho; para o alto, para Deus; para dentro de si, para o seu coração; para os lados, para seus irmãos e irmãs; para baixo, para a terra, para a natureza. Relações em todas as direções. E o ser humano só se realiza, se ele articula as relações. Quando corta as relações, ele empobrece.
No texto indicado, Jesus mudou de opinião por causa da palavra da mulher. Superando seu preconceito ele reconhece que ela está perto de Deus. Defende a vida da filha como Deus sempre defendeu a vida de seu povo. Mudando de opinião, inclui os pagãos na nova comunidade.
“A Eucaristia, sacramento da unidade na Igreja, constitui para nós a fonte de participação na missão de Cristo: Reunir os filhos de Deus dispersos e conduzi-los ao Pai”.
Eucaristia é ação de graças e, a melhor maneira de agradecer é comprometer-se é responder com sentido novo – gratidão.
A Eucaristia me ajudará a viver melhor minhas relações...

· Eucaristia – Compromisso com a luz.
Viver a eucaristia é viver comprometido/a com a luz. Eucaristia é a resposta do compromisso com a luz, com a transparência, com a justiça, com a libertação.
· Eucaristia – Compromisso com o outro, com a outra...
O compromisso se faz com o outro, com a outra. Ao chegar do outro lado, Deus vai me perguntar: - Onde está teu irmão, tua irmã? Você viveu o “ amor”? Como eu me encarno no irmão na irmã, como me inculturo?
· Eucaristia – Compromisso com a maturidade.
Uma fruta está madura quando atingiu plenamente as suas qualidades próprias... Algumas características da pessoa madura:
- Capacidade de se reconhecer e de aceitar suas qualidades, fragilidades e limites.
- Capacidade de aceitar o outro, a outra como ele/a é.
- Capacidade de perdão ( dar – pedir – receber).
- Capacidade de superar ciúmes e inveja.c
- Capacidade de gratuidade ( dar sem cobrança ).
- Capacidade de amor oblativo ( renúncia)
- Capacidade de partilhar ( o que tem e o que é).
- Quando a pessoa não gosta de si mesma, vive amuada, de cara feia, amarga, azeda, de mal com a vida é impossível viver a “ dimensão do amor” consigo mesma e com os/as demais.

Que Jesus me revele e me ensine a ir descobrindo no meu dia-a dia, como ser sal, ser luz, ser fermento e bênção para mim e para todos os que cruzarem por meus caminhos.

1. Como trato as pessoas que moram comigo? Com ar superior ou com humildade?
2. Como me relaciono com as pessoas que estão em uma reunião comigo? Querendo que todos me ouçam e sigam as minhas opiniões ou, humildemente, ouvindo e seguindo as opiniões dos outros?
3. Como me posiciono diante das pessoas que estão comigo no mesmo ministério? Querendo que todos sigam única e exclusivamente as minhas decisões ou renuncio as minhas e aceito também as dos outros com humildade?

Fale ao Senhor, “ como um amigo fala a seu amigo ou um servidor a seu senhor”, ou um filho, uma filha a seu pai ou sua mãe... uma criatura a seu Criador e Salvador, conforme o que viveu e experimentou durante a oração.
Para finalizar seu tempo de oração, reze o Pai-Nosso, a Ave Maria, ou outra prece que lhe seja familiar, agradecendo este encontro com o Senhor.
Registre em seu caderno-vida as iluminações, os toques, aquilo que mais mexeu com você durante a oração e continue sentindo o sabor da experiência realizada com Ele.

Elaborado por: Ir. Teresa Cristina Potrick, ISJ

Nenhum comentário:

Postar um comentário