quarta-feira, 17 de junho de 2009

José, a figura silenciosa


Prepare o seu coração para o encontro com a Trindade Santa. Entre em seu quarto e feche a porta, isto é, em seu coração... Acalme sua mente e desligue-se de tudo quanto possa desviar sua atenção do Senhor... Respire lenta e profundamente algumas vezes... Invoque o Espírito Santo para que Ele ilumine e conduza sua experiência de oração.
Graça a pedir: - Diante dos sofrimentos, das incompreensões, das dificuldades encontradas no caminho da vida, saber calar, fazer silêncio, e acolher com paciência as “ demoras de Deus”.
Texto: Mt 1, 18 – 25.
Com os olhos da imaginação procure “ ver” a figura de José, o homem que soube calar, silenciar, que fez a experiência de passar por uma verdadeira “noite escura”, de experimentar o “ silêncio de Deus”.
José é uma figura silenciosa no Evangelho, nunca o ouvimos falar... Como bom judeu, piedoso, justo, poderia ter abandonado Maria, poderia tê-la insultado e agido conforme a Lei.
Diante do fato da gravidez de Maria, o justo José, certamente teve de lidar, na sua mente e no seu coração, com perguntas dilacerantes e dúvidas angustiantes... No entanto, os Evangelhos não nos relatam nenhuma palavra.
Tente colocar-se no lugar de José... Peça-lhe ajuda; peça que lhe ensine a acolher a vontade de Deus no dia-a-dia de sua vida, sem questionamentos, sem exigir respostas aos seus “porquês”...
Detenha-se na contemplação do desconcerto, da escuridão, do sofrimento de José... Como todos os que foram eleitos por Deus para uma missão importante na história da salvação, José teve de fazer a travessia do deserto na escuridão da noite e no silêncio de Deus. Como todos os que se aproximam da sarça ardente, José também terá se perguntado: Por que Deus não fala? Por que não nos explica os acontecimentos que não entendemos? Por que não nos diz o que devemos fazer? Certamente, José também não quer se considerar pai do menino que vai nascer sem sê-lo. O Anjo lhe diz: “ Não temas receber Maria como esposa em tua casa”.
Diante do mistério de Deus e de Maria, José retirou-se em silêncio, confiando em Deus, que pelos caminhos cuidaria de Maria.
Imagine o conflito, a provação e a angústia de José e também o sofrimento de Maria, que sofreu com a angústia de José.
À luz das atitudes de José e de Maria, reze e reflita sobre as suas atitudes e comportamentos nas suas situações de escuridão e de silêncio de Deus.
Nestas situações continuo a confiar em Deus como José e Maria? Espero com paciência e confiança que Deus me revele os caminhos concretos de minha vocação e missão?
Deus nunca deixa de atuar, mesmo quando nos encontramos no meio da noite, envolvidos pela escuridão das dúvidas, das angústias e das provações. A iniciativa sempre é de Deus... As instruções dadas a José, de modo simples e concreto não são as que ele havia julgado serem as mais justas. Ao homem “ justo” compete executá-las fiel e imediatamente.
Terminada a oração, reveja brevemente como se saiu nela, perguntando-se:
· O que mais me tocou nesta oração?
· Que sentimento predominou em mim?
· Senti algum apelo, desejo, inspiração?
· Tive alguma dificuldade ou resistência?
Agradeça ao Senhor as iluminações e toques recebidos e percebidos durante sua experiência de oração, renove sua fidelidade a Deus.

Ir. Teresa Cristina Potrick, ISJ



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