sábado, 20 de maio de 2017

Aprendendo com Maria


Aprendendo com Maria

         Com Maria, a “menina que Deus amou e escolheu”, nós temos muito, muito a aprender. 
Maria significa a bem-amada de Deus. Ela é a cheia de graça.     Maria é a mulher forte que se posta ao pé da cruz firme, corajosa, numa dignidade incrível diante do sofrimento. Maria é a presença solidária com a Igreja nascente, com os apóstolos, e na vinda do Espírito Santo.
Maria foi a mulher perseverante, fiel, dócil aos apelos do Senhor. Maria é modelo do ”silêncio” e da “escuta”. A palavra de Deus só pode tocar o coração daquele que está disponível, em estado de ”escuta”.
“Maria, porém, conservava todos esses fatos e meditava sobre eles em seu coração” ( Lc 2, 19 ).
Nenhuma queixa... nenhum comentário... Somente quem é enamorado do silêncio, que vive à “escuta de Deus” pode ouvi-lo.
         Um dia cheio de ruídos e de vozes pode ser um dia de silêncio, se os ruídos se transformam em eco da presença de Deus, e se as vozes se transformam em mensagens e chamadas de Deus.
         Nas Bodas de Cana, Maria intervém apressando o primeiro milagre de Jesus. O milagre, a manifestação da Glória de Cristo passa através da Mãe.
         “Ali estava a Mãe de Jesus”. Jesus e os seus discípulos também foram convidados para a festa de casamento. Até mesmo Jesus e os seus discípulos aparecem numa luz mais esfumada. Para o evangelista a figura da mãe é, sem dúvida, central e é a partir dela que a atenção se projetará sobre Jesus.
Maria é aquela que vê o conjunto; Maria se identifica; Maria é intrépida.
·       Maria é aquela que vê o conjunto:
                   
No relato evangélico, todos têm algo a fazer: uns na cozinha, outros no serviço e arranjo da casa, outros ainda nos instrumentos musicais. Somente Maria vê o conjunto. O dom da síntese é tipicamente feminino: conseguir ver o essencial, o ponto central com a inteligência do coração e não através do raciocínio. Ela percebe a situação constrangedora e simplesmente o exprime: “Eles não têm mais vinho”.
·       Maria se identifica:
                    Maria assumiu de tal modo a situação que chegou a merecer quase uma censura de Jesus: ” Mulher que temos nós a ver com isto? ” O que Maria percebe não é essencial, não é questão de vida e morte:  é falta de bem-estar, é aquele algo mais para que as coisas andem bem, e é precisamente aquilo de que mais precisamos.
·        Maria é intrépida:
Jesus não diz que vai providenciar. Mas Maria diz aos servos: “Fazei tudo o que Ele vos disser. ” Maria é aquela através da qual o poder de Jesus se manifesta sobre a terra para toda a humanidade. Ela está certa de que seu filho atenderá porque é Filho de Deus. Esta talvez seja a certeza que mais vezes nos falta. Talvez nos demos conta da falta do vinho, nas nossas vidas, no nosso relacionamento. Nas nossas comunidades, nas nossas igrejas locais. Daí a dificuldade de realizar a “travessia da fé”.
         Cada um de nós pode interrogar-se:
·  Como posso imitar Maria, deixando que o Espírito Santo suscite em mim a graça da síntese, o dom do conjunto?
·   Como participar da identificação de Maria?
·  Como chegar à sua intrepidez que é certeza total em Cristo?

A resposta não é simples, mas aproximemo-nos de Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe e ela nos mostrará o caminho, nos ensinará. Coloca-nos com teu filho, ó Mãe querida!


        Ir. Teresa Cristina Potrick, ISJ

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