sexta-feira, 24 de julho de 2009

Maria, a mulher forte




- Prepare o seu coração para o encontro com a Trindade Santa. Entre em seu quarto e feche a porta, isto é, entre em seu coração... Acalme sua mente e desligue-se de tudo quanto possa desviar sua atenção do Senhor... Respire lenta e profundamente algumas vezes... Invoque o Espírito Santo para que Ele ilumine e conduza sua experiência de oração.

Graça a pedir: Que Maria nos coloque com seu Filho e nos ensine a permanecer firmes, de pé, diante das tempestades da vida.

Textos: - Lc 1, 26 – 38; Jo 19, 25 – 29; Lc 2, 41 – 49; MT 2, 1 – 23;
a) Contemplar: - Com os olhos da imaginação procure contemplar Maria em alguns passos de sua trajetória.
“ Ave cheia de graça, o Senhor é contigo...” “ Não temas, Maria!”
O Anjo Gabriel procura afastar este sentimento do coração de Maria. O medo impede a criatividade... o medo cerceia a liberdade... o medo nada muda... nada faz.

Encontramos na Bíblia mais de 380 vezes esta pequena frase: “ Não temas...” O medo, a insegurança, o receio fazem parte do ser criatura.

Deus viu todas as mulheres do mundo, desde Eva até a mulher do Apocalipse. E viu que a mulher mais aberta, mais fiel era Maria. Ele a escolheu... Deus não teve pressa, esperou o momento histórico para realizar a Encarnação.

b) Maria, mulher forte e corajosa permaneceu de pé, firme, quando:
· O vento gelado da calúnia tentou sacudí-la na sua gravidez;
· A raiva de Herodes e sua perseguição forçaram-na ao exílio;
· Ao retornar da festa de Jerusalém, Jesus permanece entre os doutores;
· Maria experimentou em seu coração e em todo o seu ser, os sofrimentos de Jesus na agonia no Jardim das Oliveiras; o beijo de Judas, o abandono dos discípulos, as cuspidas que recebeu, a flagelação, a coroa de espinhos, as zombarias e escárnios de que foi vítima. E enfim a dolorosa subida do Calvário e Crucifixão. Maria se mantém firme ao pé da cruz. Ela vê os soldados repartindo as vestes de seu Filho querido e tirando a sorte de sua túnica. Esta túnica, nos diz São João, “ era sem costura, tecida em uma só peça de alto a baixo”. Os soldados a apreciavam muito e não querem dividi-la, por isso lançam a sorte.

c) Maria mulher forte, corajosa e modelo de esperança.
Diante de todo o tipo de sofrimento, Maria não se desesperou... não gritou... não perdeu o equilíbrio... a dignidade de mulher forte... não tomou calmantes... não foi em busca de conforto barato e nem assumiu atitude de vítima. Como o mandacaru do nordeste, uma planta que resiste a qualquer seca, nunca morre porque possui raízes profundas, suga da terra até a última gota de água escondida e é sinal de esperança e força no sofrimento... Maria é sinal de esperança, lição para os discípulos que por medo se esconderam. Lá estava ela firme... de pé... cheia de esperança.
Olhando para Maria, volto-me para mim mesmo e considero como me porto diante da dor, do sofrimento, da incompreensão, das perdas, das dificuldades...
Maria assumiu a dor como o sol do dia que amadurece e fortifica... O Calvário é a grande hora da maternidade. Ali, é gerada a salvação do mundo. Ali, é gerada a Igreja. Ali, também, Maria é feita Mãe de todos nós... ali, nessa grande e última hora, Jesus, tendo dado tudo a nós, decide dar-nos o tesouro do seu coração: sua própria Mãe. “ Mulher, eis aí o teu filho”, e Jesus indicou João. Em João estávamos todos nós. Depois, disse ao discípulo: “ Eis aí a tua Mãe”.
Terminada a oração, reveja brevemente como se saiu nela, perguntando-se:
· O que mais me tocou nesta oração?
· Que sentimento predominou em mim?
· Senti algum apelo, desejo, inspiração?
· Tive alguma dificuldade ou resistência?

Agradeça ao Senhor as iluminações e toques recebidos e percebidos durante esta sua oração, renove sua fidelidade a Jesus. Reze um Pai-Nosso e registre sua experiência de oração no seu caderno-vida.
Ir. Teresa Cristina Potrick, ISJ




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