sábado, 1 de fevereiro de 2014

Tarde te amei

Tarde  te amei

Tarde te amei, ó beleza tão antiga e tão nova, tarde te amei.
Eis que estavas dentro e eu fora. E aí te procurava e lançava-me nada de belo ante a beleza que tu criaste.
Estavas comigo e eu não contigo.
Seguravam-me longe de ti as coisas que não existiriam, se não existissem em ti.
Chamaste,
clamaste e rompeste minha surdez,
Brilhante, resplandeceste e afugentaste minha cegueira.
Exalaste perfume e respirei.
Agora anelo por ti.
Provei-te, e tenho fome e sede.
Tocaste-me e ardi por tua Paz.

Santo Agostinho


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