quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Acolhendo as diferenças
Comece o seu encontro com o Senhor, criando um “espaço interior” que ajude você a se dispor internamente para entrar em sintonia e na intimidade com Deus Pai, Filho e Espírito Santo; peça a Maria e ao bom pai São José que venham rezar com você... Abra seu coração para receber as graças e bênçãos que a ternura de Deus quer lhe conceder...
Graça a pedir: - Permitir que Jesus entre em seu coração, templo vivo do Espírito Santo e aponte para você, os conflitos e tensões a serem trabalhadas para que aconteça a reconciliação.
Texto: MT 5, 23 24.
“Se estiveres, pois para apresentar a tua oferta no altar, e aí te lembrares que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa a tua oferta aí diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; depois vem e faze a tua oferta”...
1. Exigência do Evangelho: -
Não se trata de justificar se tenho ou não razão, se estou certo ou errado... A exigência evangélica é radical... “Se teu irmão tem algo contra ti... deixa tua oferta diante do altar e vai fazer a reconciliação”.
Sem este gesto, o Senhor nos ensina que Ele não pode acolher-nos à sua mesa; que a Eucaristia nasce do amor com que Ele amou todos os seus que estavam no mundo e com o qual os ama até o fim (Jo 13, 1).
2. “Vai reconcialiar-te”... :
O Senhor não convida nenhuma das partes a evitar simplesmente as tensões e os conflitos, mas a defrontá-los e a superá-los no espírito de verdadeira reconciliação, já na sua ação criadora, Deus oferece um fundamento das diferenças e diversidades dos seres. A narrativa da criação insiste muito sobre esta obra divina que separa a luz das trevas, o dia da noite, o homem da mulher, os gêneros e as espécies. No vértice da escala dos seres criados e da sua diferença, Deus colocou o ser humano, único e irrepetível, criado “à sua imagem e semelhança”.
Nestas diferenças que são a nossa riqueza, situam-se nossos conflitos e tensões. Contudo, o ser humano serve-se de todas as diferenças de raça, cultura, educação, sexo e temperamento – para convertê-las em outras tantas formas de ódio, raiva, rancor, desamor, falta de perdão.
3. “Eu, porém vos digo: não enfrenteis o malvado!”
É fácil perceber o mal, “o malvado” distante de nós, no outro, , na sociedade no mundo... No entanto, o mal existe dentro de nós, no nosso coração... É daí que sai toda espécie de maldade.
Se por um lado temos nossas diferenças, por outro temos a grande variedade de “carismas”, isto é, de dons, que no dinamismo e na luz do Espírito Santo podem ser explorados construindo assim, a fraternidade, a comunhão e a paz... ( I Cor, 12, 14 ).
Que tal partirmos para fazer a “diferença ”?
“Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração”...
Se você for afetado(a) por palavras, incompreensões, gestos, ou atitudes maldosas, agressivas, lembre-se das palavras de Jesus: “Não enfrenteis o malvado”. Não revide, não devolva na mesma moeda, não coloque mais lenha na fogueira... Faça silêncio... não se coloque à altura do que recebeu... O Pai que conhece a fundo o seu coração, dar-lhe-á a recompensa.
Terminada a oração, reveja brevemente como se saiu nela, perguntando-se:
O que mais me tocou nesta oração?
Que sentimento predominou em mim?
Senti algum apelo, desejo, inspiração?
Tive alguma dificuldade ou resistência?
Termino minha oração, com a certeza de que, ajudada/o pelo Senhor, tudo pode ser reorganizado em minha vida. Peço-lhe que, na força de seu amor, tudo ocupe em mim, o seu devido lugar. “Livra-me, Senhor, de todo o mau caminho! Quero viver. Quero sorrir, cantar! Pelos caminhos da eternidade, Senhor, terei toda a felicidade”... Renove sua fidelidade a Jesus. Reze um Pai-Nosso ou outra oração que você goste... continue seu dia saboreando o que o Senhor lhe falou no encontro com Ele... Registre o que foi mais marcante em seu caderno-vida.
Ir. Teresa Cristina Potrick, ISJ
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