quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Seja um "suporte"


Entre em seu “espaço sagrado”, esse tempo é totalmente seu e não pode ser atrapalhado por ninguém. Aí você está em contato consigo mesmo e com Deus, com a dimensão sagrada dentro de você.
Neste tempo em que você está conectado consigo mesmo e com Deus, lhe faz bem... revigora suas forças e você volta a ser inteiro. Ele cura suas feridas e ilumina seu interior naquilo que se enturvou.
Invoque o Espírito Santo para que ele ilumine e conduza sua experiência de oração.
Graça a pedir: - Sair dos estreitos limites do meu túnel e caminhar a altura da vocação que recebi..

Texto que pode iluminar: Ef 4, 1 – 7.
Leia o texto bem devagar como que saboreando cada palavra. Permaneça na palavra ou versículo que mais tocou seu coração.

1º Momento: “ ...vos exorto a caminhardes de acordo com a vocação que recebestes: com toda a humildade e mansidão...”.
Fui chamado/a à vida; a ser filho/a de Deus; criado/a à sua imagem e semelhança; escolhido/a, abençoado/a, consagrado/a e enviado/a a ser “luz das nações”. Todos os dias o Senhor vai dando seus toques de mil maneiras para eu alargar a minha tenda, sair dos estreitos limites do meu túnel...
Será que estou me dando conta de tudo isso? Minhas atitudes revelam humildade, mansidão junto às pessoas, junto à minha família, junto à minha comunidade? Em que posso melhorar?
2º Momento: “ suportai-vos uns aos outros com paciência, no amor... “.
Consideremos a palavra” suportar” não no sentido de “tolerar”, “agüentar” porque não tem outro jeito, mas na ótica de “sustentar”, estender a mão, levantar, apoiar aquele que caiu e precisa de ajuda. Ser um suporte para que o outro possa se conhecer, crescer como pessoa, fazendo parte e uma família, de um grupo, de uma comunidade.
Santo Inácio de Loyola sem ser psicólogo, descobriu as profundezas da pessoa humana, para assim poder ajudá-la a conhecer-se. Crescer e gerar novos modos de se relacionar com ela mesma, com os outros, com a natureza e com Deus.
Ele reconheceu a necessidade do discernimento e da análise da realidade, como meios para ir descobrindo a cada dia quem sou; que sentido tem minha vida e o que devo fazer pelo bem das demais pessoas.
Como percebo as pessoas que convivem comigo? Procuro ser esse “suporte”, dar um empurrãozinho, algumas dicas para que se liberte de seu túnel, de seu comodismo, de seu fechamento?
Converse com Jesus... peça um coração manso e humilde como o dele; que ele lhe ensine como se achegar, como falar, o que falar, como ajudar as pessoas a fim de que possam fazer o Reino de Deus acontecer...
Terminada a oração, reveja brevemente como se saiu nela, perguntando-se:
• O que mais me tocou nesta oração?
• Que sentimento predominou em mim?
• Senti algum apelo, desejo, inspiração?
• Tive alguma dificuldade ou resistência?

Agradeça ao Senhor as iluminações e toques recebidos e percebidos durante esta sua experiência de oração, renove sua fidelidade a Jesus. Reze um Pai-Nosso ou outra oração que você goste; registre no seu caderno-vida aquilo que ficou mais forte em seu coração.

Ir. Teresa Cristina Potrick,ISJ

domingo, 12 de setembro de 2010

Um povo de cabeça dura


Comece a preparar o seu “lugar sagrado”... É o lugar do encontro íntimo e pessoal com Deus. Coloque-se diante do mistério de Deus. Pacifique o seu coração... Respire lenta e profundamente algumas vezes... Desligue-se de tudo quanto possa interferir neste seu encontro profundo com o Criador... Jesus recomenda: “ ...entre no seu quarto, feche a porta, e reze ao Pai ocultamente...” ( Mt, 6,6 ). Invoque o Espírito Santo para que Ele ilumine e conduza sua experiência de oração.

Graça a pedir: - Que o Senhor ocupe o seu lugar verdadeiro em meu coração e que aos poucos, eu me liberte dos ídolos que em minha vida vão ocupando o lugar devido somente a Deus.

Texto que vai iluminar minha oração: Ex 32, 7 – 11.13-14.
Leia o texto bem devagar, como que saboreando, permanecendo na palavra ou versículo que mais chama sua atenção.

1. “Vai” - aponta a direção, mostra o caminho, saia do centro, alargue o espaço de tua “tenda” ... não é aqui... é mais além...
“Desce” – é um convite a descer ao meu núcleo interior, no meu ser profundo e dar-me conta do que acontece aí, qual é o meu referencial? Que lugar ocupa o Criador em meu coração e na vida das pessoas? Será que a ambição, a ganância, a fama, o desejo do poder, da projeção, não me fazem subir colocando-me acima dos demais, julgando-me “melhor”, mais inteligente, mais culto/a, mais sábio/a etc. É preciso descer., reconhecer minhas limitações e entraves.
Quais os “bezerrinhos de ouro” que fui fabricando, colocando e cultuando em meu coração? Que lugar ocupa aquele que me criou, o Verdadeiro Deus, aquele que me ama e cuida de mim com tanto carinho?

2. “ Vejo que este é um povo de cabeça dura” (v. 9 ).
Esta mesma queixa o Senhor dirige a nós também: temos cabeça dura e memória curta... Bem depressa nos esquecemos, nos desviamos dos caminhos e dos ensinamentos do Senhor, seduzidos/as pelo “canto de tantas sereias” por aí, tais como: a Bíblia é um livro antiquado, ultrapassado; precisamos de conceitos mais novos, hoje é outro tempo. Jesus é um revolucionário, um “pregador” intransigente, um mestre de moral, mais um, na lista dos “gurus”, etc. Isto tudo, já era...

Deus é Pai, Deus nos ama, não castiga, mas como ao povo de Israel, Ele continua chamando nossa atenção através de fortes sinais, como: terremotos, erupção de vulcões, catástrofes, tragédias, inundações, secas, etc. Mas, o ser humano, em sua insensibilidade não se deixa tocar e continua: comendo, bebendo, fazendo festas, se divertindo, gozando, dançando, explorando, matando, roubando, colocando uma venda nos olhos e um cadeado em seu coração.

3. Deus é Pai... Deus nos ama.
“Basta que eu volte... ele não me pergunta onde estive”.
Diante da súplica de Moisés, o Senhor desiste do mal que havia ameaçado fazer ao povo. Como Moisés, supliquemos a Deus que nos perdoe e tenha compaixão de nossos desvios e nos torne: - “ herdeiros/as da bênção” !

Terminada a oração, reveja brevemente como se saiu nela, perguntando-se:
• O que mais me tocou nesta oração?
• Que sentimento predominou em mim?
• Senti algum apelo, desejo, inspiração?
• Tive alguma dificuldade ou resistência?

Agradeça ao Senhor as iluminações e toques recebidos e percebidos durante esta sua experiência de oração, renove sua fidelidade a Jesus. Reze um Pai-Nosso ou outra oração que você goste; registre no seu caderno-vida aquilo que ficou mais forte em seu coração.

Ir. Teresa Cristina Potrick,ISJ

sábado, 11 de setembro de 2010

Um coração liberto


Prepare o seu coração para o encontro com a Trindade Santa. Entre em seu quarto e feche a porta, isto é, em seu coração... Acalme sua mente e desligue-se de tudo quanto possa desviar sua atenção do Senhor... Respire lenta e profundamente algumas vezes... Invoque o Espírito Santo para que Ele ilumine e conduza sua experiência de oração.
Graça a pedir: - Um coração livre de tantos condicionamentos, esquemas mentais e idéias que me amarram e me impedem de alargar meus horizontes no anúncio do reino.
Texto: I cor 4, 1 – 5.
1. Quanto à mim, pouco me importa ser julgado por vós ou por algum tribunal humano. Nem eu me julgo a mim mesmo ( v. 3)
Isto é ser livre. Que exemplo temos no apóstolo São Paulo, nós que muitas vezes, em nosso modo de agir, deixamos de fazer o bem, de crescer como seres humanos, de colaborar na construção do Reino, por pensar: - O que os outros vão pensar, vão dizer de mim? Se eu fizer assim vou desagradar alguém; se eu questionar certas atitudes vou perder a amizade; se eu falar de Deus, vão me taxar de “carola”. Agir deste modo é imaturidade...
Ser livre não é fazer o que se quer e como se quer, o que dá na cabeça... Isto seria deixar-me conduzir “pelas afeições desordenadas”, pelo voluntarismo, um idolatria do ego. Jesus nos diz:” ... e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”.(Jo 8,32)
Diante de certos acontecimentos temos pressa, usurpamos um atributo exclusivo de Deus que é - o julgamento.

2. Quem julga é o Senhor. (v.5 )
Portanto não queirais julgar antes do tempo. Aguardai que o Senhor venha ... Cabe a cada um/a de nós confiar ao Senhor o julgamento. “Não julgueis para que não sejais julgados. Pois com o mesmo critério com que julgardes, sereis julgados; e com a mesma medida com que tiverdes medido vos medirão também”. MT 7, 1 – 2 )
Deus tem a visão do todo e eu apenas uma visão limitada das pessoas e das coisas.
“Ele iluminará o que estiver escondido nas trevas e manifestará os projetos dos corações”. Peçamos ao Senhor que aumente a nossa fé; que a Palavra de Deus se faça verdade em nós. Tudo que estiver oculto será manifesto.

3. “ Então cada um receberá de Deus o louvor que tiver merecido”. Para Ele, nada passa despercebido, e Ele nos dará “uma medida recalcada, sacudida, transbordante generosamente vos dará...”.
"... e teu Pai, que vê o escondido, recompensar-te-á” (MT 6, 4).

Terminada a oração, reveja brevemente como se saiu nela, perguntando-se:
• O que mais me tocou nesta oração?
• Que sentimento predominou em mim?
• Senti algum apelo, desejo, inspiração?
• Tive alguma dificuldade ou resistência?

Agradeça ao Senhor as iluminações e toques recebidos e percebidos durante sua experiência de oração, renove sua fidelidade a Deus. Anote no seu caderno-vida aquilo que mais falou ao seu coração nesta experiência de oração.

Ir. Teresa Cristina Potrick, ISJ