sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Tempo de alegre Esperança




Advento é um tempo de alegre esperança; é um tempo de preparação e de espera do Senhor. É um tempo muito rico em que os textos bíblicos e a liturgia alimentam nossos sonhos de um mundo de paz e reconciliação, pela esperança da “justiça de Deus”.

O advento nos convida a aguçarmos nossa sensibilidade para percebermos os inúmeros sinais que revelam a transparência de Deus em nosso tempo, ainda tão conturbado, e em e nossa realidade humana, ainda tão desumana, violenta e sofrida: sinais evidentes de distanciamento do projeto de vida, o sonho de Deus para o qual fomos criados.
A mística do advento nos move também a cultivar uma atitude nova diante da realidade humana e cósmica, intensifica nosso desejo de felicidade plena, relações mais fraternas, verdadeiras e duradouras; fortalece nossa vocação de “testemunhas da Esperança”, superando todo o pessimismo e desencanto que nos possam abater.
O tempo do advento nos é dado cada ano como sacramento da espera, da vida da verdadeira Luz – o Salvador!
Com toda a Igreja, refletimos, rezamos e cantamos suplicantes: “Vinde, Senhor Jesus”!
Ao iniciar este tempo , coloquemo-nos a caminho, acendendo nossas lâmpadas com o óleo da fé, numa atitude de espera atenta e vigilante do Senhor Jesus que vem.
Para isso, é preciso criar um vazio, um espaço em nosso coração para acolher Aquele que vem, Aquele que deve ser o centro, o referencial de nossa vida.
Não antecipemos o nosso Natal enchendo-nos de “bolas coloridas e pisca-piscas”, do espírito do consumismo, do comércio,
de presentes, de comidas e bebidas. Que tudo isso, não venha a preencher o espaço da Verdadeira Luz do mundo, Daquele que veio para os seus, mas os seus não o receberam... Mesmo assim, Ele veio
armar sua tenda em nosso meio.
“E o Verbo se fez homem e habitou entre nós, e vimos sua glória, a glória que um Filho único recebe do seu Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1, 14).
Advento é um tempo especial de escuta, de atenção, de vigilância, de “gravidez” da Palavra.
Senhor, toca nossos corações, nossos ouvidos; reveste-nos da sensibilidade que nos faz alargar nossos horizontes, nossa tenda, para além dos estreitos limites do nosso egoísmo, acomodação, insensibilidade que impedem de viver segundo a proposta do profeta Bar 5, 5:
“Levanta-te, ó Jerusalém, põe-te no alto, olhe para o Oriente!”

Ir. Teresa Cristina Potrick, ISJ

Um comentário:

  1. Oi querida Irmã Tereza; obrigado pela paciência em me orientar espiritualmente. Achei muito bom seu blog inclusive o indico no meu: padrejoaopaulo.blogspot.com
    Grande abraço e felizes festas! Até 03 de janeiro.
    Pe. João Paulo

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