1. Preparar o “santuário interior”... A que me disponho neste momento? A encontrar-me com o Absoluto - a Trindade Santa: Pai, Filho e Espírito Santo. Peço ao Espírito Santo que conduza minha experiência de oração. Pacifico meu interior... Procuro silenciar meu coração e mente... Respiro lentamente algumas vezes.
2. Pedido da graça:
Perceber meu modo de agir, minhas atitudes; qual o referencial de minha vida, não me deixando enredar pelo inimigo disfarçado em anjo de luz.
3. Texto iluminativo: I Rs 21, 1 – 16;
Ler lentamente o texto , saboreando cada palavra ou versículo que mais tocou o coração , permanecendo nele enquanto encontrar alimento.
I. Postura de criança birrenta:
Direcione o olhar sobre a figura de Acaz, rei de Israel... Quando uma criança não consegue satisfazer seus caprichos, usa de artimanhas, faz birras a fim de conseguir o que deseja. Percebemos que este foi o comportamento de Acaz por não conseguir realizar o seu desejo de ganância, de grandeza, frustração diante de uma negativa...
Centrado em seu próprio “eu”, julga-se o “centro do universo”, busca capitalizar um bem estar excessivo, munir-se de bens e riquezas, satisfazer seus apetites terrenos, buscar segurança imediata, mas era de personalidade fraca.
Volta para casa de mau humor, aborrecido, irritado diante da resposta firme de Nabot. Deitou-se na cama, com o rosto voltado para a parede e não quis comer nada...
Triste maneira de proceder de um adulto... de chamar a atenção sobre si... Afinal, “ele é o rei de Israel”... Como ousa alguém recusar –lhe um pedido?
Diante da atitude de Acaz, que tal voltar meu olhar e dar um mergulho no meu interior e verificar o meu proceder, minhas atitudes, camufladas ou não... Perceber que muitas vezes, no meu agir, procedo de modo infantil, imaturo, como criança birrenta, e ainda julgando-me o tal ou a tal...
II. Trama de um coração perverso:
Agora, volte seu olhar para Jezabel, a mulher estrangeira, idólatra, prepotente, arrogante, astuciosa e poderosa. Começa a trama, zombando pelos brios de Acaz dizendo: - Bela figura de rei de Israel estás fazendo!... Levanta-te, toma alimento e fica de bom humor, pois eu te darei a vinha de Nabot.
O inimigo do ser humano ataca a pessoa pelo seu lado mais fraco. A soberba se manifesta em três comportamentos fundamentais: o domínio, o vitimísmo e a mágoa.
A raiz de todo o pecado provêm do coração. Jezabel foi maquinando em seu ardiloso coração o modo de vingar-se, eliminando Nabot, a fim de apropriar-se da vinha satisfazendo os infantis e ambiciosos caprichos de Acaz.
O poder de vida ou morte está em suas mãos cruéis. Nabot não cedeu a vinha porque a tinha como um valor... Jezabel tem como (contra) valor - o poder.
Seu conceito de poder não tem limites moraes... A fim de obter o que deseja emprega meios injustos: cartas, calúnia, mentira, falsas testemunhas e por fim a morte de Nabot por apedrejamento.
Nossa vida é um dom que recebemos do amor de Deus para sermos felizes, fazendo os outros felizes com o que somos e com o que temos, uma vez que não somos donos das coisas e nem das pessoas, mas administradores dos bens que recebemos e que deixaremos no dia de nossa morte. Nossa riqueza está em sair de nós mesmos/as em favor dos outros, sempre por amor, ou seja, gratuitamente.
Acolha em seu coração as inspirações e apelos que o Senhor foi fazendo durante sua oração a respeito das atitudes dos dois personagens em foco. O que estas atitudes despertam em você? Converse com Jesus a respeito.
Terminada a oração, reveja brevemente como se saiu nela, perguntando-se:
• O que mais me tocou nesta oração?
• Que sentimento predominou em mim?
• Senti algum apelo, desejo, inspiração?
• Tive alguma dificuldade ou resistência?
Agradeça ao Senhor as iluminações e toques recebidos e percebidos durante esta sua experiência de oração, renove sua fidelidade a Jesus. Reze um Pai-Nosso ou outra oração que você goste; registre no seu caderno-vida aquilo que ficou mais forte em seu coração.
Ir. Teresa Cristina Potrick, ISJ