quarta-feira, 18 de maio de 2011
" Minhas ovelhas escutam minha voz"
Procuro armar minha “tenda” para o encontro com a Trindade, visualizando pela imaginação, um prado ou campina bonita, verdejante... um riacho com água limpa, fresca. Começo a acalmar o meu coração, minha mente... Respiro algumas vezes lenta e profundamente descarregando todas as tensões que trago dentro de mim. Invoco o Espírito Santo para que ele ilumine e conduza este momento de oração. Convido Maria e José para que venham compor a minha comunidade e rezar comigo.
Graça a pedir: - Que o Senhor aqueça meu coração com grande espírito de fé e tenha um ouvido de discípulo capaz de escutar, discernir sua voz para segui-lo.
1. Era inverno... Interessante o Evangelho faz referência ao ciclo de uma estação. No inverno tudo se torna diferente... A natureza se torna por vezes sombria, o céu coberto de nuvens cinza... As árvores em geral sem folhas... a paisagem fria se apresenta com certa melancolia. As pessoas têm necessidade de colocar mais agasalho para se aquecer; ficam encolhidas, sem vitalidade.
Os judeus duros de cerviz e de coração, duvidam da “messianidade” de Jesus
que lhes dá a seguinte resposta: “ Já vo-lo disse, mas vós não acreditais.... Vós, porém não me acreditais porque não sois das minhas ovelhas”...
No inverno as folhas caem, a natureza todo se ressente... Aparenta estar morta, sem vida... Assim, Jesus nos adverte que precisamos crescer, aumentar a nossa fé ainda tão frágil, tão pequena... Ele nos convida a reavivarmos nossa fé, acreditar nele, nas suas palavras, nos seus sinais, no seu amor, na sua luz.
Jesus diz: “Eu vim como Luz para o mundo, a fim de que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas”(Jo 12, 46).Cada pessoa, cada Comunidade deve se deixar iluminar pela luz, respingar luz nos caminhos da humanidade sedenta de vida.
2. “As minhas ovelhas escutam minha voz, eu as conheço e elas me conhecem”.
Há uma diferença entre: ouvir e escutar. Ouvir é uma qualidade biológica do ser humano (há exceções sem dúvida). “Escutar” vai mais além... tem uma dimensão mais profunda... É perceber, é tomar consciência do que está por detrás da palavra, nas entrelinhas. É atitude do discípulo, de quem realmente quer “escutar” o Mestre. “ Fala, Senhor, que teu servo escuta”...
Você já fez a experiência de se colocar diante do Senhor, numa atitude de “escuta”? Atitude de discípulo que quer realmente aprender, quer estar com o Mestre? Experimente! Faça silêncio em seu coração e... fique à espera do seu “sinal”...
Fique conectado/a à “Fonte Verdadeira” – JESUS ! Escute!...
É necessário acreditar... “O Senhor desperta cada manhã o meu ouvido para que eu ouça como discípulo”. Se não escuto faz-se necessário indagar o “porquê”... Qual é a causa... Qual a qualidade da sua escuta e de suas palavras? Você percebeu que, para escutar, é preciso ter silêncio interior?
Converse com Jesus como um amigo conversa com o amigo, pergunte, agradeça, faça seus pedidos... silencie... Escute o que ele tem a lhe dizer.
“As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me conhecem”.
Terminada a oração, reveja brevemente como se saiu nela, perguntando-se:
O que mais me tocou nesta oração?
Que sentimento predominou em mim?
Senti algum apelo, desejo, inspiração?
Tive alguma dificuldade ou resistência?
Agradeça ao Senhor as iluminações, toques recebidos e percebidos durante esta sua experiência de oração, renove sua fidelidade a Jesus. Reze um Pai-Nosso ou outra oração que você goste; registre no seu caderno-vida aquilo que ficou mais forte em seu coração.
Ir. Teresa Cristina Potrick,ISJ
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